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Vereador do Recife chama Michelle Bolsonaro de "quenga" e será expulso do PL

Declarações atribuídas a Paulo Muniz foram reveladas em gravação de tela do grupo de Whatsapp dos vereadores da Câmara do Recife

Por Pedro Beija Publicado em 16/09/2025 às 20:51 | Atualizado em 16/09/2025 às 21:09

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O vereador do Recife, Paulo Muniz (PL), será expulso do Partido Liberal (PL), após as declarações atribuídas a ele, em um grupo de Whatsapp dos vereadores da Câmara Municipal do Recife, onde teria chamado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, de "quenga". O mesmo adjetivo também foi atribuído por Paulo à atual primeira-dama Janja Lula da Silva, de acordo com as mensagens. 

Uma gravação de tela mostra o diálogo no grupo "CMR Vereadores", durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, na última quinta-feira (11). 

A declaração aconteceu após uma breve discussão com a vereadora Kari Santos (PT), que comemorava, no grupo, a condenação do ex-presidente. A troca de mensagens e a existência do grupo foram confirmadas por fontes da Câmara Municipal à reportagem do JC.

"O honesto é Lula e sua quenga", disse Paulo. 

Kari rebate: "Oxe, e ele é casado com Michelle é?"

E Paulo responde: "É. Duas quengas, tão dominando o mundo"

O vereador foi procurado pela reportagem do JC, mas não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação por parte de Paulo Muniz.

PL anuncia expulsão de Paulo Muniz após declarações sobre Michelle Bolsonaro

Em nota divulgada nesta terça-feira (16), o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, afirmou que as falas de Paulo foram recebidas com "surpresa e indignação por todos no partido". Anderson classificou as falas como um ataque à Michelle, o que considerou algo "inaceitável e reprovável".

“Atacar a presidente do PL Mulher e esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro é algo inaceitável e reprovável. O partido irá, diante das circunstâncias colocadas e da indignação coletiva, expulsar o vereador”, afirmou o dirigente.

Ainda de acordo com a nota, as direções estadual e nacional do PL reforçaram que o partido "não irá admitir posturas pessoais que desrespeitem suas lideranças". 

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