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Tarcísio pede a Motta para pautar anistia e diz que processo contra Bolsonaro está maculado

Governador intensifica pressão pela votação da anistia, em ato bolsonarista que reuniu aliados e críticas ao Supremo Tribunal Federal

Por Estadão Conteúdo Publicado em 07/09/2025 às 17:48

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cobrou neste domingo (7) o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que paute um projeto para anistiar os condenados de 8 de Janeiro, o que poderá beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio é do mesmo partido de Motta e intensificou a articulação a favor da proposta nos últimos dias.

"É por isso que estamos aqui para defender a anistia e dizer para Hugo Motta: 'Paute, paute a anistia'. Qual recado que querem dar para Hugo Motta hoje?", questionou o governador à plateia do ato bolsonarista de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo.

Tarcísio, que foi a Brasília nos últimos dias, afirmou que o projeto tem o apoio de mais de 350 deputados e disse acreditar que Motta colocará o texto em votação. "Presidente de Casa nenhum pode conter a vontade da maioria do plenário, pode conter a vontade de mais de 350 parlamentares. Então, Hugo, paute a anistia e deixe a Casa decidir. Tenho certeza que ele vai fazer isso", falou.

O governador de São Paulo ainda criticou o julgamento de Jair Bolsonaro, previsto para ser concluído nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal. "Se estamos defendendo uma anistia, é porque sabemos que esse processo está maculado, viciado. E essa anistia tem de ser ampla, alcançar todo mundo, ser irrestrita", declarou.

Tarcísio disse ainda que os contrários ao projeto de anistia "foram beneficiados pela anistia no passado": "Se o PT existe hoje, é porque houve anistia em 1979. Senão, não existiria. Aqueles que gritam 'sem anistia' foram justamente os beneficiados pela anistia", disse.

A manifestação bolsonarista pediu a anistia de Bolsonaro e tem críticas ao Supremo Tribunal Federal. O ato contou com a participação de nomes como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, além de políticos aliados ao ex-presidente.

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