7 de Setembro vira palco de disputa entre governo e oposição, que convocam atos pelo país
Flávio Bolsonaro chama para "última manifestação" antes de julgamento do pai; governo federal lança campanha por "orgulho de ser brasileiro"

Clique aqui e escute a matéria
O feriado de 7 de Setembro deste ano será marcado por uma intensa disputa política e de narrativas. Tanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto a oposição bolsonarista estão convocando a população para ir às ruas no próximo domingo, cada um com um objetivo distinto, mas disputando os mesmos símbolos: as ruas e as cores verde e amarelo.
Oposição foca em anistia e julgamento
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou suas redes sociais nesta sexta-feira (5) para convocar os apoiadores para o que ele chamou de "a última manifestação antes da farsa que Alexandre de Moraes armou para condenar meu pai". O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF está marcado para começar na semana seguinte.
Vestindo uma camisa com os dizeres "Anistia Já", o senador pediu que o povo vá às ruas para "exigir poder votar nele [Bolsonaro] novamente para presidente em 2026". A manifestação da oposição tem, portanto, um caráter de protesto, com foco na pauta da anistia e em críticas ao Judiciário.
Governo aposta em civismo e união
Em contrapartida, o governo federal lançou sua própria campanha para o feriado, com um tom mais leve e de celebração. Com o slogan "Vai de coração, vai de Brasil", a campanha convida a população a prestigiar os desfiles oficiais e a "defender a nossa soberania".
"Está na hora de tirar a camisa verde-amarela do armário e mostrar para todo mundo seu orgulho de ser brasileiro", diz a postagem do governo, em uma clara tentativa de ressignificar o uso dos símbolos nacionais, fortemente associados ao bolsonarismo nos últimos anos.
O feriado de domingo promete, assim, ser um termômetro da polarização política do país, com os dois lados medindo forças em um dos palcos mais simbólicos da nação.
(Com informações do Estadão Conteúdo).