Tarifaço: Raquel Lyra sugere ao governo Lula linha de crédito de emergência para mitigar impactos econômicos
Em nota, o governo afirmou que o decreto de Donald Trump "gera instabilidade e pode afetar as relações comerciais com Pernambuco"
 
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O Governo de Pernambuco se pronunciou oficialmente, pela primeira vez, nesta quinta-feira (31), sobre os impactos das tarifas dos Estados Unidos impostas ao Brasil. A gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) sugeriu ao governo Lula linha de crédito de emergência para mitigar impactos econômicos.
No comunicado, o governo afirmou que o decreto do presidente Donald Trump "gera instabilidade e pode afetar as relações comerciais com Pernambuco".
A gestão estadual ainda comentou que vem dialogado "junto à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), com os setores produtivos que serão afetados".
Veja as frentes de apoio citadas pelo Governo de Pernambuco:
- Disponibilização, via Banco do Nordeste do Brasil (BNB), de linhas emergenciais de crédito para os setores diretamente afetados, com condições especiais de carência, prazos e taxas;
- Adoção de medidas compensatórias, como o incentivo à diversificação de mercados internacionais, a facilitação de acesso a países parceiros e políticas de apoio à exportação;
- Proteção e promoção dos interesses dos setores produtivos do Nordeste brasileiro na interlocução com os Estados Unidos.
Raquel em Brasília
O comunicado informou que a governadora Raquel Lyra vai na próxima terça-feira (5) se reunir, em Brasília, com todos os governadores do Nordeste brasileiro para uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para tratar desse assunto.
Por fim, o Governo de Pernambuco frisou que "não medirá esforços para assegurar que os interesses de Pernambuco sejam defendidos".
Pernambuco como polo estratégico
O Vale do São Francisco — polo estratégico de fruticultura irrigada entre Pernambuco e Bahia — é responsável por 100% da manga brasileira exportada aos Estados Unidos.
A medida do governo americano atinge em diretamente uma das principais cadeias produtivas do Nordeste e deve se refletir não apenas na fruticultura do Vale, mas também em setores estratégicos do parque industrial de Pernambuco — como a Refinaria Abreu e Lima, o polo PET de Suape e as indústrias metalúrgicas voltadas à exportação.
Segundo principal destino das exportações pernambucanas em 2024, atrás apenas da Argentina, os Estados Unidos compraram US$ 205,2 milhões em produtos do Estado no ano passado — o equivalente a 9,4% de tudo o que Pernambuco exportou.
Confira o comunicado na íntegra
A recente medida tarifária decretada pelos Estados Unidos gera instabilidade e pode afetar as relações comerciais com Pernambuco. Desde o primeiro momento, o Governo, sob a liderança da governadora Raquel Lyra, tem acompanhando a situação e vem dialogando, junto à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), com os setores produtivos que serão afetados.
A prioridade máxima do Governo de Pernambuco é proteger os milhares de empregos que dependem do dinamismo da economia do Estado, atuando ao lado do setor produtivo.
Diante das consequências do decreto divulgado pelos Estados Unidos ontem, quarta-feira (30), o Governo de Pernambuco solicitou o apoio do Governo Federal em três frentes principais.
A primeira é a disponibilização, via Banco do Nordeste do Brasil (BNB), de linhas emergenciais de crédito para os setores diretamente afetados, com condições especiais de carência, prazos e taxas.
A segunda é a adoção de medidas compensatórias, como o incentivo à diversificação de mercados internacionais, a facilitação de acesso a países parceiros e políticas de apoio à exportação.
E, por último, a terceira é a proteção e promoção dos interesses dos setores produtivos do Nordeste brasileiro na interlocução com os Estados Unidos.
Na próxima terça-feira, 05 de agosto, a governadora Raquel Lyra estará em Brasília, juntamente com todos os governadores do Nordeste, para uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin para tratar desse assunto.
O Governo de Pernambuco não medirá esforços para assegurar que os interesses de Pernambuco sejam defendidos.
 
                         
                                                                                    
                                            