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Moraes reage a sanções de Trump e diz não ter bens nos EUA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos

Por Túlio Feitosa Publicado em 30/07/2025 às 23:07

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou a interlocutores que as sanções financeiras anunciadas contra ele pelo governo dos Estados Unidos terão efeito prático parcial.

Segundo o ministro, a medida seria "inócua" no que diz respeito ao bloqueio de patrimônio, pois ele não possui bens ou aplicações financeiras no país comandado por Donald Trump.

A reação, vinda do círculo próximo ao ministro, é a primeira desde que ele foi alvo de sanções com base na Lei Magnitsky. Moraes também teria dito que não tem qualquer interesse em visitar os EUA, país onde sua entrada, assim como a de outros sete ministros do STF, já havia sido proibida anteriormente.

Restrições financeiras e a visão do STF

Apesar de Moraes não ter bens em solo americano, as sanções impostas pelos EUA têm outros efeitos práticos. A determinação proíbe que empresas e entidades ligadas ao ministro operem nos EUA e, mais importante, impede que bancos e operadoras de cartão de crédito realizem qualquer tipo de operação que o envolva.

Dentro do STF, a atitude de Trump é vista como uma clara tentativa de intimidar a atividade judicial no Brasil, especialmente os processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A expectativa na Corte é de que outros ministros também possam se tornar alvo de sanções semelhantes.

Até o momento, tanto Alexandre de Moraes quanto o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, mantiveram o silêncio oficial sobre o caso. A única manifestação pública de um integrante do tribunal foi a do ministro Flávio Dino, que defendeu a soberania da Corte em uma postagem em seu Instagram.

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