Política | Notícia

Partidos começam a traçar prioridades para as eleições de 2026

Em participação na Rádio Jornal, Humberto Costa (PT), Eduardo da Fonte (PP) e Armando Monteiro Neto (Podemos) apontaram cenários do processo eleitoral

Por JC Publicado em 30/07/2025 às 21:59

Clique aqui e escute a matéria

O senador Humberto Costa (PT), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o ex-senador e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, participaram, nesta quarta-feira (30), do Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal. Diante do atual cenário político, com o Congresso Nacional travando uma quebra de braço com o poder Executivo, se faz necessária uma mudança de prioridades na eleição de 2026 para que haja governabilidade no País nos próximos anos.

De acordo com o petista, o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores já entenderam que é preciso eleger seus candidatos e garantir a maioria tanto no Senado, quanto na Câmara. "Nós deveríamos voltar ao passado onde o Congresso Nacional exercia a função de fiscalizar, de legislar, e de definir o orçamento, mas sem essas distorções que nós estamos vivendo atualmente. Então, diante disso, nós do PT estamos colocando como prioridades para disputa eleitoral o seguinte: a primeira, obviamente, a reeleição do presidente Lula; a segunda é a questão da eleição do Senado; e a terceira a eleição dos deputados federais. Estamos colocando essas prioridades acima da eleição de governador, e vamos fazer uma campanha que a gente deixe claro que não pode mais existir uma distorção desse tipo (que há hoje no Congresso Nacional). Vamos tentar sensibilizar o eleitorado brasileiro para que vote em parlamentares que tenham esse compromisso com o governo Federal", enfatizou Humberto Costa.

Eduardo da Fonte afirmou que o PP também já está se mobilizando para traçar o planejamento e os objetivos do partido nas eleições 2026. "Estamos no processo de oficialização da Federação União Progressistas... No próximo dia 19 de agosto daremos entrada no TSE. Isso é um movimento de muita força política, tanto a nível nacional, quanto a nível estadual, e depois disso nós vamos discutir internamente dentro da Federação essa possibilidade. Nos reunimos na terça-feira (29) com a bancada do Partido Progressistas para discutir o planejamento de 2026 e estamos dando prioridade a montagem da chapa para a Assembleia Legislativa, para Câmara Federal, onde a expectativa é de chegarmos a 20 cadeiras na Assembleia e a 10 cadeiras na Câmara Federal, e o processo majoritário vai ser uma consequência natural dessa construção, que vamos fazer com muita tranquilidade, ouvindo, construindo e debatendo para que isso se torne possível no próximo ano", informou o deputado federal.

Apesar de não ocupar nenhum cargo político atualmente, Armando Monteiro Neto deixou em aberto a possibilidade de concorrer nas eleições de 2026, mas afirmou que o seu principal objetivo no momento é trabalhar nos bastidores políticos para garantir a permanência de Raquel Lyra por mais quatro anos no governo de Pernambuco. "Meu projeto é trabalhar pela reeleição da governadora Raquel Lyra. Acho que ela, por tudo que vem revelando, deve ser reconduzida ao governo do Estado. Mas também queria dizer que eu estou no pleno exercício dos meus direitos políticos... Tenho filiação partidária e estou habilitado a participar do processo eleitoral", disse o ex-senador. "O projeto da reeleição da governadora Raquel Lyra é o mais importante para mim. Se de algum modo eu possa servir a esse projeto, dependendo do que seja e da convocação que eu receba, eu posso examinar", ponderou.

Candidato à reeleição no Senado

Com os objetivos traçados internamente no Partido dos Trabalhadores, Humberto Costa confirmou que vai disputar a reeleição no Senado. "Dentro da estratégia do PT, de reeleger aqueles senadores que vão disputar a próxima eleição e buscar eleger novos nomes de coalizão, então, serei sim candidato à reeleição. Tenho o apoio do partido para esse objetivo e também o desejo do presidente Lula. Já venho lutando por causas em prol do trabalhador e que eu acho que são justas, como essa questão da desoneração da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e o debate sobre a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Então, não somente pela minha própria opção de querer continuar no Senado, mas quero dar continuidade a essas lutas e a representar Pernambuco", frisou o petista.

Compartilhe

Tags