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Transnordestina precisa de atenção política do governo de Pernambuco e mirar conexão com ferrovia Norte Sul no futuro

Senador quer uma maior articulação de forças políticas de Pernambuco para aumentar os recursos do Novo PAC previstos para ferrovia

Por Fernando c Publicado em 20/07/2025 às 0:05

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Na conversa que teve com jornalistas do Jornal do Commercio, no podcast Cena Política, comandado pelo jornalista Igor Maciel, o senador Humberto Costa (PT) revelou sua preocupação com o andamento do projeto da ferrovia transnordestina no território pernambucano e que sai de com destino ao Porto de Suape.

O senador observa que não apenas a governadora Raquel Lyra não tem se dedicado a acompanhar mais de perto os gastos que a Infra S. A. está aplicando na elaboração do projeto no solo pernambucano como a própria bancada (e ele se inclui no grupo) não está pressionando para que o projeto dê suas ordens de serviço nos cinco trecho no estado enquanto as bancadas do Piauí e Ceará atuam em conjunto junto aos ministérios assegurando um fluxo de obras que caminha para no final de 2026 a estrada chegar ao porto de Pecém no Ceará.

Fora da rota

Depois que no final do governo Bolsonaro a TLSA conseguiu retirar o trecho da ferrovia de seu contrato uma articulação da governadora Raquel Lyra com a bancada e instituições como a Fiepe ficou definido que a empresa Infra S.A é originada a partir da incorporação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) pela Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias cuidaria do projeto que recebeu uma dotação de R$ 450 milhões do Novo PAC. Mas a empresa admitiu que não gastará todo orçamento que ficará na rubrica restos a pagar em 2026, dentro do Ministério dos Transportes.

Segundo o cronograma da Infra S.A, em 2025 haverá o lançamento de apenas dois trechos, os lotes 05 e 07 (ambos com 53 quilômetros), deve-se ao fato de os dois já estarem de posse da empresa e com as informações básicas. Enquanto os lotes 04 (com 73 quilômetros) e 06 (com 44) ainda precisam de ações, passando por pesquisa a atualizações para finalização dos editais.

Angelo Miguel/MEC
Presidente Lula deseja imaugurar a tranordestina em dezembro de 2026. - Angelo Miguel/MEC

Lotes do Estado

Os lotes que receberão obras estão entre as cidades de Custódia e Pesqueira, passando por Arcoverde. Os lotes 06 e 07 vão de Pesqueira a Belém de Maria, passando por Cachoeirinha.
Para o senador pernambucano será preciso mais pressão junto aos ministros Renan Filho (Transportes ) e Rui Costa (Casa Civil) para que os restos a pagar de 2025 tenham mais recursos em 2026. E esse é um trabalho conjunto de todas as forças políticas do estado.

A preocupação de Humberto Costa vai ao encontro de uma proposta da economista Tânia Bacelar, no debate da Rádio Jornal, onde ela advertiu que se o Nordeste se contentar com o traçado da Transnordestina que acaba em Eliseu Martins.

Modal ferroviário

Bacelar que vem trabalhando na construção de cenários do modal ferroviário no Brasil para após 2030 acha imprescindível conectar a ferrovia com a Norte Sul que passa a 630 quilômetros de Eliseu Martins cortando a cidade de Balsas (MA) fazendo uma segunda conexão além Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) um projeto ferroviário brasileiro com 1527 km de extensão, que visa conectar o porto de Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO).

De lá ela se conectará à Ferrovia Norte-Sul. A conexão Eliseu Martins seria a conexão com os estados do MATOPIBA, acrônimo formado pelas siglas dos estados de Maranhão, Mato Grosso, Piauí e Bahia.

Visão estratégica

Tânia Bacelar acredita que a conexão da Transnordestina com a Norte Sul tem potencial de reunir numa articulação política seis estados, o que dá uma grande força junto ao PAC.

De fato, hoje a produção do MATOPIBA rumo ao Norte Sul já se tornou uma necessidade. O fato nessa conexão da Transnordestina é que seria um novo diferencial para os estados trabalharem porque numa visão mais estratégica a malha ferroviária estaria juntado num novo circuito a Transnordestina, a Centro Atlântica e a Norte Sul implantando um modal eficiente para a nova realidade do Nordeste com a Reforma Tributária.

Saneamento Básico

Já está disponível a edição 2025 do O Tabuleiro do Saneamento Básico 2025 uma publicação do IAS (Instituto Água e Saneamento) que propõe um olhar exploratório sobre os caminhos recentes da política nacional de saneamento no Brasil. Mas os indicadores de acesso à água e esgotamento sanitário em 2023 seguiam estacionados em relação a 2019. O que torna difícil chegar nas metas do Marco Legal que preveem 99% da população com água potável e de 90% com coleta e tratamento de esgotos).

Nos estados de nos estados de AL, AP e RJ houve melhoras, mas nada que aponte avanços significativos a despeitos dos investimentos anunciados. Falta d’água recorrente é um problema para 21 milhões no país; 3 a cada 5 domicílios onde isso acontece ficam no Nordeste.

 

Fivulgação
Nanoempreendedor - Fivulgação

Nanoempreendedor

A partir de janeiro de 2026 entra no cenário econômico nacional a figura do nanoempreendedor, uma novacategoria pensada para abranger profissionais de baixa renda que trabalham por conta própria e possuem faturamento bruto anual abaixo de R$ 40,5 mil reais – ou seja, até 50% do teto em vigência para os microempreendedores individuais (MEI) atualmente em R$ 81 mil.

Mas não há definição sobre benefícios importantes garantidos ao MEI ativo, estão o salário-maternidade, auxílio-reclusão, auxílio por incapacidade temporária (antes conhecido como auxílio-doença), pensão por morte e o direito à aposentadoria?

Brinquedo de adulto

No meio dessa confusão sobre o tarifaço de Donald Trump saiu uma pesquisa sobre o mercado norte-americano de brinquedos que começou 2025 com força total. O destaque, no entanto, não veio das crianças.

A novidade veio do segmento que mais cresce, puxado por lançamentos como novos cards colecionáveis de Pokémon e esportivos no grupo etário de adultos. As vendas de brinquedos voltados para maiores de 18 anos aumentaram 12% no primeiro trimestre, totalizando US$1,8 bilhão.

Divulgação
Mulheres-na-construcao-civil. - Divulgação

Mulheres na Construção

Um estudo “Mulheres na Indústria da Construção”, realizado pela FGV em parceria com o SindusCon-SP e o Seconci-SP revelou que apenas 10,7% da força de trabalho formal no setor é composta por mulheres.

Uma outra pesquisa feita do Portal AECweb, com o Sienge Comunidade e o Ecossistema Tecnológico da Indústria da Construção da Softplan, mostra ainda que 77% dos profissionais do setor percebem a existência de preconceito em relação à atuação feminina.

Chevron e Exxon

Enquanto o Brasil discute se prospecta um poço na Margem Equatorial, as gigantes americanas Chevron e a Exxon procuram ampliar seus negócios na Guiana. Em 2023 Chevron propôs um acordo de US$53 bilhões para comprar a Hess Corp, mas a venda foi contestada pela Exxon e pela CNOOC, que alegam ter direito de preferência. Em junho, a Chevron comprou a participação de 30% no Bloco Stabroek, na Guiana, que possui mais de 11 bilhões de barris de óleo equivalente em recursos recuperáveis descobertos. Enquanto isso…

Aposta Legal

Desde 1º de janeiro de 2025, o Brasil passou a ter um mercado de apostas esportivas e online regulado, com um sistema formal de licenciamento válido em todo o território nacional. A nova estrutura é coordenada pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, que já emitiu mais de 60 licenças para a proteção ao consumidor.

Ainda assim, o cenário internacional continua heterogêneo. Há hoje pelo menos 79 mercados completamente regulamentados, com regras e licenças específicas para apostas e casinos online. Mas outros 46 países operam sem regulação clara, permitindo o acesso de jogadores a plataformas internacionais. Já em 70 países, o jogo online é proibido, com punições que variam entre a tolerância e sanções severas. Especialmente em países do leste europeu, Rússia e países árabes.

Nos Estados Unidos, Canadá e Argentina, os estados ou províncias têm liberdade para definir a regulamentação local, sem a existência de uma lei federal. Já Portugal, Colômbia e Reino Unido possuem uma regulamentação parecida com a que se desenha a brasileira, com regras válidas para todo o país.

Ônibus elétricos

O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, uma entidade que reúne os fabricantes de ônibus elétricos no Brasil, está denunciando a crescente de veículos importados da Ásia no Brasil, especialmente ônibus elétricos, caminhões, máquinas agrícolas e automóveis.

Segundo ele, o setor brasileiro enfrenta uma concorrência desleal, impulsionada por pesados subsídios estatais, principalmente dos chineses, e pela ausência do chamado “custo Brasil”.

Divulgação
Onibus eletrico chines. - Divulgação

Forte subsídios

A indústria chinesa recebeu mais de US$230 bilhões em subsídios entre 2009 e 2023.Mas essa atuação no Brasil não fez os produtos baixarem. No Brasil, a situação tem se agravado. “com ônibus elétricos chineses vendidos para prefeituras a preços até R$1 milhão acima dos similares brasileiros.

Um ônibus nacional custa cerca de R$2,7 milhões, e os importados são adquiridos por R$3,6 milhões, com recursos públicos especialmente emendas parlamentares.

 

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