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Moraes vai a jogo do Corinthians, acena e faz gesto obsceno no mesmo dia de sanção dos EUA

Ministro do STF assistiu ao clássico contra o Palmeiras em camarote na Neo Química Arena, horas após os EUA aplicar sanções com base na Lei Magnitsky

Por Túlio Feitosa Publicado em 30/07/2025 às 23:38 | Atualizado em 30/07/2025 às 23:49

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Horas após se tornar o primeiro integrante de uma suprema corte de um país democrático a ser sancionado pelos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma aparição pública na noite desta quarta-feira (30).

Ele foi à Neo Química Arena, em São Paulo, para assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras, válido pela Copa do Brasil.

Acompanhado da esposa em um dos camarotes do estádio, o ministro, que é torcedor declarado do Corinthians, foi visto sorrindo, acenando para o público e, em determinado momento, fazendo um gesto obsceno com o dedo médio, flagrado por um dos fotógrafos do Estadão (clique no link e confira).

A presença de Moraes no jogo foi notada e comentada ao vivo pelo narrador Galvão Bueno, durante a transmissão da partida.

"Aí você vai vendo a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que está envolvido em toda essa conversa, essa disputa com o governo dos Estados Unidos. Mas isso é política. Ele está ali como torcedor", disse Galvão.

Sanções e o silêncio do STF

No início do dia, o governo americano anunciou a aplicação de sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky, um dispositivo legal normalmente usado contra violadores graves de direitos humanos, como autoridades de ditaduras e terroristas. A medida bloqueia o acesso do ministro ao sistema financeiro dos EUA e proíbe sua entrada no país.

Até o momento, nem o ministro nem a presidência do STF se manifestaram oficialmente sobre as sanções. A atitude de Moraes de comparecer a um evento público de grande visibilidade no mesmo dia é interpretada nos bastidores como uma mensagem de que não se sente intimidado pela pressão do governo de Donald Trump.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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