'Se o Brasil fizer o dever de casa, acaba', diz Flávio Bolsonaro sobre tarifas e anistia
Senador desdenha de comitiva do Congresso para negociar nos EUA e pressiona por impeachment de Moraes; oposição vê proposta como "chantagem"

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25), que a solução para a crise das tarifas impostas pelos Estados Unidos não está em negociações diplomáticas, mas em uma ação política interna do Brasil: a concessão de uma anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
"A solução não está nos Estados Unidos", disse o senador. "Se o Brasil fizer o dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia". Segundo ele, o "dever de casa" seria permitir que Jair Bolsonaro dispute as eleições de 2026. "Se a gente fizer eleições com Jair Bolsonaro nas urnas, não vai ter mais a qualificação, pela maior democracia do mundo, de nos tratar como se fosse Venezuela", indicou.
A proposta de atrelar o fim de uma sanção econômica que afeta todo o país a um benefício direto para o ex-presidente tem sido classificada pela oposição como uma espécie de "chantagem" com a economia brasileira.
Críticas à diplomacia do Congresso
Flávio Bolsonaro também desqualificou a iniciativa de uma comissão do Senado de montar uma comitiva para ir a Washington negociar o fim das tarifas. "Não adianta montar comitiva de parlamentares e ir pra lá", afirmou, ecoando a posição de seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro, que já havia classificado a missão como "fadada ao fracasso".
Para os irmãos Bolsonaro, a única solução é a via política, baseada na carta do próprio Donald Trump, que ligou as tarifas ao processo judicial contra o ex-presidente.
Pressão sobre o Senado e eleições de 2026
Na mesma entrevista, o senador aproveitou para pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a pautar o pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Questionado sobre a sucessão de seu pai na disputa presidencial de 2026, Flávio evitou dar uma resposta direta, mas afirmou ter a "única certeza" de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não será o chefe do Executivo em 2027.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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