Política | Notícia

João Campos intensifica agendas com pré-candidatos ao Senado e amplia especulações sobre composição da chapa de 2026

A disputa por espaço para o Senado é acirrada, e o impasse se deve a uma limitação prática: só há duas vagas na chapa majoritária

Por Cássio Oliveira Publicado em 29/06/2025 às 9:14

Em meio às articulações para a eleição de 2026, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é cotado para disputar o Governo de Pernambuco, cumpriu nesse sábado (28) duas agendas públicas ao lado de nomes que disputam espaço em sua possível chapa majoritária: o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil).

Os gestos, repletos de sorrisos, fotos e declarações amistosas, foram vistos como novos acenos no xadrez político local — mas ainda sem definição oficial sobre quais nomes estarão de fato na possível chapa.

Pela manhã, Miguel Coelho acompanhou João na entrega de quatro vias requalificadas no bairro dos Torrões. À tarde, foi a vez de Silvio Costa Filho se juntar ao prefeito na visita à Feira de Artesanato do Recife, em Boa Viagem.

Em ambas as agendas, os discursos exaltaram ações da gestão municipal e reforçaram o vínculo entre os pré-candidatos ao Senado e o prefeito da capital pernambucana. A movimentação, no entanto, aumenta a pressão sobre a definição dos nomes que disputarão as duas vagas disponíveis ao Senado na eleição que se avizinha.

Quem deve ser candidato ao Senado em 2026?

Além de Silvio e Miguel, estão no páreo o senador Humberto Costa (PT), que buscará a reeleição após oito anos no cargo, e a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), que lançou oficialmente sua pré-candidatura nesta semana, durante o anúncio da fusão de seu partido com o PRD.

A disputa por espaço é acirrada, e o impasse se deve a uma limitação prática: só há duas vagas na chapa majoritária ao Senado.

A presença de Humberto Costa no tabuleiro traz peso nacional à equação. Próximo do presidente Lula, o senador é considerado uma das prioridades do Planalto na eleição em Pernambuco, dentro da estratégia de ampliar ou manter a base no Senado.

Já Marília aposta no capital político próprio, especialmente entre o eleitorado popular do Recife e do interior, para garantir protagonismo na aliança. Ela esteve presente no segundo em duas eleições recentemente, à Prefeitura do Recife, contra João, inclusive, e ao Governo de Pernambuco. 

Nos bastidores, o entendimento é que João Campos terá a missão de arbitrar essa disputa, buscando equilíbrio entre aliados e partidos da base. A exclusão de qualquer um dos nomes — sobretudo os de maior densidade eleitoral — pode gerar tensionamentos e até migrações para o palanque adversário, liderado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), que também articula a formação de sua chapa ao governo estadual.

A dúvida que paira sobre o cenário é: quem será preterido, e para onde irá? Ainda não há sinais de ruptura, mas fontes ligadas aos pré-candidatos admitem que, caso não haja espaço na composição com João, o caminho mais provável para os nomes excluídos será buscar viabilidade em outras alianças, inclusive na oposição.

Com a aproximação do calendário eleitoral, os acenos de agora podem se tornar definições duras amanhã.

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