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Federação com Solidariedade não afetará independência do PRD Pernambuco, garante presidente estadual

Enquanto o Solidariedade de Marília Arraes apoia João Campos, PRD deixou base de Raquel e está independente. Federação é oficializada nesta quarta.

Por Rodrigo Fernandes Publicado em 25/06/2025 às 10:46 | Atualizado em 25/06/2025 às 12:04

O presidente do PRD em Pernambuco, Josafá Almeida, afirmou que a federação do partido com o Solidariedade não vai mudar o posicionamento de independência da legenda a nível estadual.

A união entre os partidos, oficializada nesta quarta-feira (25) em ato realizado na Câmara dos Deputados, terá duração mínima de quatro anos e tem o objetivo de ajudar os partidos a cumprirem a cláusula de barreira.

Juntos, os partidos terão 10 deputados federais e um governador — Clécio Luís, do Amapá. Em 2026, o grupo precisa eleger pelo menos 13 deputados em nove estados para ter acesso a verbas e tempo de televisão. Uma vez unidos, o requisito se tornará mais fácil de alcançar, em tese.

Em maio, o PRD de Pernambuco passou por uma reformulação e deixou a base do governo Raquel Lyra (PSD), declarando independência por orientação do deputado federal Luciano Bivar, que migrará para a legenda na próxima janela partidária. O parlamentar participa pessoalmente das decisões sobre os rumos do diretório estadual junto aos os presidentes nacionais das siglas, em Brasília.

No acordo federativo, a presidência nacional do grupo ficará com o presidente do PRD, Ovasco Resende, e a vice ficará com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força.

Em Pernambuco, o Solidariedade é presidido pela ex-deputada Marília Arraes, que está oficialmente com João Campos. Contudo, isso não afetará a independência do PRD, segundo Josafá Almeida. “Cada um seguirá sua orientação partidária, fortalecendo as chapas individuais”, disse o presidente ao Jornal do Commercio nesta quarta.

“Aqui em Pernambuco deve seguir o mesmo modo que foi feito com PP e União Brasil, com cada um seguindo a orientação do partido. E em 2026 a gente vai resolver o caminho que trilhará para nomear um representante”, acrescentou Almeida.

Além da influência dos dois partidos, os rumos da federação podem incluir ainda o PSDB, que chegou a anunciar fusão com Podemos, desistiu da união e agora namora uma aliança com o novo grupo. No estado, o partido tucano é presidido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, aliado de João Campos.

“Não vamos ficar a reboque de ninguém. Se o Solidariedade tomar o caminho de João, não tem problema nenhum. Não tenho objeção a ele, é um nome que me agrada, mas no momento oportuno vamos definir”, apontou Almeida.

PRD apoiará Marília no Senado

O presidente estadual do PRD, que também é prefeito da cidade de São Caetano, no Agreste, declarou que apoiará a eleição de Marília Arraes ao Senado.

“Marília tem todas as credenciais para ser candidata a senadora, é um quadro que orgulha qualquer partido. Eu torço para que ela consiga se eleger. Inclusive seria muito bom para a federação ter um nome no Senado”, disse Josafá Almeida.

Ele reforçou que o partido também não tem posição definida na disputa nacional, embora o partido faça oposição ao governo. O Solidariedade, por sua vez, tem se afastado do presidente Lula (PT) e sinalizou um possível apoio a Ronaldo Caiado (União Brasil) para a presidência.

“Quando a gente assumiu o diretório no estado não tinha a federação, era com total independência. Nossa intenção é fortalecer o partido para a Câmara Federal. Governador, senador e presidente, vamos discutir no momento certo”, apontou.

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