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Peixe invasor é encontrado em praia baiana; entenda riscos da espécie que já apareceu em Pernambuco

Peixe-leão possui espinhos venenosos que podem causar dor intensa, náuseas e convulsões; aparecimento ameaça ecossistemas marinhos locais

Por Agência Estado Publicado em 23/07/2025 às 9:30

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Um peixe-leão (Pterois volitans) foi capturado no último sábado (19) por pescadores de Taipu de Dentro, um estuário localizado no município de Maraú, Baía de Camamu, no sul da Bahia. A aparição da espécie oferece risco à fauna local e preocupa ambientalistas.

Espécie já registrou aparições no Brasil

O peixe-leão é nativo da região indo-pacífico. Em fevereiro de 2025, biólogos já haviam encontrado um indivíduo da mesma espécie no estado, dessa vez na região de Morro de São Paulo, na Ilha de Tinharé.

No Brasil, foi identificado pela primeira vez no litoral do Rio de Janeiro em 2014. Depois, foram registrados casos da presença do peixe no litoral de Pernambuco, Ceará e Alagoas. Pouco mais de dez anos depois, ele aparece em outro ponto do país.

Peixe-leão oferece riscos à fauna local

Apesar de parecer inofensivo, o peixe-leão possui 18 espinhos venenosos e o contato com humanos pode causar dor intensa, náuseas e até convulsões. Mas o principal risco que ele oferece é aos ecossistemas marinhos locais.

Por não ter predadores naturais no litoral brasileiro, ele compete por alimentos em condições desiguais, o que pode diminuir consideravelmente o desenvolvimento de outros peixes e crustáceos, afetando a cadeia da pesca.

E a fome dele não é pouca: ele pode comer até 20 peixes em 30 minutos, inclusive presas com até 70% do seu tamanho. Outro ponto de preocupação é a alta reprodução da espécie, dado que cada fêmea pode colocar até 30 mil ovos, que eclodem em apenas 26 dias. 

"É uma espécie exótica, não tem competidores aqui. Então, pesquisadores, nativos, pescadores, mergulhadores e todos que vivem do mar precisam fazer uma força-tarefa para conseguir controlar", disse a supervisora de meio ambiente e educadora ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Maraú, Stella Furlan.

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