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Pernambuco na vanguarda da revolução verde

Pernambuco desponta no cenário nacional não apenas por sua cultura vibrante e história singular, mas também por sua visão arrojada de futuro.

Por EVERTON DE OLIVEIRA Publicado em 06/09/2025 às 0:00 | Atualizado em 08/09/2025 às 9:24

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O estado vem consolidando uma posição de liderança na transição para uma economia de baixo carbono, transformando desafios ambientais em oportunidades de inovação, prosperidade e inclusão social. O recente Pernambuco Carbon Summit, realizado em maio, foi um marco desse movimento. O encontro reuniu lideranças empresariais, acadêmicas e governamentais em torno de um debate estratégico sobre descarbonização e desenvolvimento regenerativo. Mais do que um evento, o Summit representou a confirmação de que Pernambuco pode e deve ser um farol verde para o Brasil, mostrando que sustentabilidade pode caminhar junto com crescimento econômico e justiça social. Esse protagonismo se reflete em avanços concretos.

O estado já ultrapassa 1 GW de potência instalada em geração solar distribuída e desponta como área promissora para a expansão da energia eólica. O Complexo Industrial e Portuário de Suape, ativo estratégico nacional, traçou a meta de neutralizar suas emissões até 2038, ano em que completa 60 anos, e já se movimenta para se tornar um hub do hidrogênio verde, tecnologia essencial para a matriz energética do futuro. Mas a visão pernambucana vai além da sustentabilidade tradicional. O conceito de desenvolvimento regenerativo ganha força, propondo não apenas reduzir impactos, mas restaurar ecossistemas, fortalecer o capital social e criar sistemas produtivos que evoluem de forma positiva.

Exemplos locais são inspiradores: os manguezais, verdadeiros sumidouros de Carbono Azul, podem armazenar até oito vezes mais carbono por hectare do que florestas tropicais terrestres. Nesse horizonte, ganham espaço iniciativas inovadoras, como a discussão sobre Créditos de Biodiversidade e futuros Créditos de Água, que transformam preservação ambiental em ativos econômicos. Essa mobilização encontra continuidade em novos desdobramentos, como os Carbon Days, série de encontros setoriais que buscam aprofundar o diálogo iniciado no Summit e consolidar compromissos empresariais rumo à descarbonização. Mais que agendas pontuais, essas iniciativas reforçam um caminho estratégico de longo prazo. A força desse movimento está no espírito criativo e resiliente de Pernambuco, capaz de unir tradição e inovação. É a prova de que o estado não apenas discute, mas age com consistência e liderança, atraindo investimentos, fomentando negócios verdes e inspirando novas gerações.

Em um mundo em rápida transformação, ser protagonista da economia de baixo carbono não é apenas uma escolha ambiental, mas uma estratégia de sobrevivência e competitividade. Pernambuco mostra que é possível transformar sustentabilidade em motor de desenvolvimento, tornando-se referência não apenas para o Brasil, mas para o mundo.

Everton de Oliveira, CEO do Instituto Água Sustentável

 

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