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Trump e Lincoln Gordon

Lincoln Gordon foi substituído por Trump, o presidente mais processado criminalmente da América do Norte, invasor do Capitólio.......

Por ARTHUR CARVALHO Publicado em 23/07/2025 às 0:00 | Atualizado em 23/07/2025 às 9:32

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Os filmes de Hollywood, que dominavam os nossos cinemas das décadas de 30 a 60, induziram a mocidade brasileira a achar que os Estados Unidos eram a maior, mais perfeita e melhor democracia do mundo, que ganharam a Segunda Guerra, sozinhos, com estrelas como Ava Gardner, Rita Hayworth e Marilyn Monroe e astros, feito Alan Ladd, Gary Cooper e Marlon Brando. Depois vieram os presidentes Bush, pai e filho, Richard Nixon, Ronald Reagan e Trump, entre outros, e a máscara caiu.

O tempo foi passando, pois, o tempo sempre passa, conforme Rubem Braga, e a galera foi notando que a coisa não era bem assim, que a Segunda Guerra teve eficaz interferência dos aliados para a vitória final do grande conflito. E que a verdadeira democracia americana somente funcionava "intramuros." Que os americanos incentivavam os golpes fascistas da América Latina, apoiando as ditaduras corruptas em interesse próprio. Tanto que em relação ao Brasil, seu prato preferido, a interferência direta dos Estados Unidos era tão eficaz e importante que a esquerda tupiniquim criou a frase genial: "Basta de intermediário, Lincoln Gordon para presidente!" E o golpe de 64 mostrou isso. Tanto que, para consolidá-lo, os ianques ancoraram um porta-aviões cinzento, com canhões e cem caças a jato ao largo das nossas belas e pacatas praias do litoral nordestino para garantir a aquartelada que durou vinte e um anos de chumbo, com nefastas consequências que todos sabem.

Agora Lincoln Gordon foi substituído por Trump, o presidente mais processado criminalmente da América do Norte, invasor do Capitólio, templo sagrado da democracia americana, implacável perseguidor dos imigrantes aos quais trata como bandidos, querendo interferir nas mais importantes decisões do STF, estabelecendo "pena" de 50% na importação de produtos nacionais, para defender o decadente e "Imbrochável," tentando livrá-lo de justa condenação.

É verdade que para quem bombardeou o Vietnã com Napalm, matando as suas crianças e destruiu o Iraque para roubar seu petróleo, assassinando populações civis com as bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki, tarifaços de 50% prejudicando produtores e exportadores de gêneros básicos de alimentação, é refresco. Não contente, Rato-de-esgoto, está dizimando as renomadas universidades da sua pátria amada.

Arthur Carvalho, da Associação da Imprensa de Pernambuco- AIP

 

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