Cardeal queniano que alterou data de nascimento alega exclusão do conclave
Processo de escolha ocorre em meio a tensões discretas, como a ausência do cardeal queniano John Njue, que alegou não ter sido convidado
A primeira fumaça do conclave subiu preta, na tarde desta quarta-feira (7), indicando que nenhum cardeal obteve os votos necessários para ser eleito papa.
O sinal, emitido pela chaminé da Capela Sistina, confirma que a Igreja Católica segue sem definição sobre o sucessor de Pedro após a primeira rodada de votação.
Com isso, o primeiro dia de votações está encerrado. A segunda rodada terá início nesta quinta-feira (08), às 5h30 (de Brasília).
Caso um nome alcance os dois terços dos votos, será anunciado com fumaça branca. Se não houver definição, nenhuma fumaça será emitida nesse momento.
O processo de escolha ocorre em meio a tensões discretas, como a ausência do cardeal queniano John Njue, arcebispo metropolitano emérito de Nairóbi, que alegou não ter sido convidado para participar.
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Entenda a 'exclusão' de cardeal queniano
Njue afirmou não saber por que foi excluído da votação. Entre as possíveis explicações estão uma suposta condição de saúde e uma alteração na data de nascimento registrada oficialmente.
Em entrevista ao jornal queniano Daily Nation, o cardeal negou que tenha sido afastado do conclave por questões de saúde, como divulgado inicialmente.
O queniano afirmou que não foi convidado a participar da votação que escolherá o novo papa.
Njue teve sua data de nascimento oficialmente corrigida há alguns meses, o que o posiciona hoje com 79 anos de idade — dois anos a mais do que constava anteriormente em seus registros.
Segundo as normas da Igreja Católica, somente cardeais com menos de 80 anos podem votar no conclave. No entanto, mesmo ultrapassando essa idade, eles ainda podem ser eleitos para o papado.
Na última sexta-feira (02), o Vaticano informou por meio de comunicado que o cardeal queniano John Njue não participaria do conclave.
A nota, no entanto, não apresentou justificativa oficial para a ausência do religioso na votação que definirá o novo papa.
