Pernambuco é o segundo estado com mais medalhas na ONHB da Unicamp
Três primeiros lugares da Olimpíada Nacional em História do Brasil 2025 (ONHB) são da região Nordeste. Ceará e Bahia integram o pódio

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Pernambuco foi o segundo estado com mais medalhistas na final da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), que aconteceu no sábado (30) e no domingo (31), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Com 14 medalhas, os estudantes pernambucanos conquistaram o segundo lugar, ficando atrás apenas do Ceará, que obteve 28 medalhas.
Completando o pódio, a Bahia conquistou 8 medalhas. É o segundo ano consecutivo que os estados do Ceará, Pernambuco e Bahia são os grandes vencedores da ONHB.
Com o tema central “Informação: produção, circulação, limites e possibilidades”, a final da edição da ONHB teve participação de 1,4 mil estudantes de todo o país. A cerimônia de entrega das medalhas ocorreu no domingo.
Equipes e medalhas
A ONHB é uma competição que reúne equipes formadas por três estudantes e um professor orientador. Na ONHB 2025, a disputa contou com 225 mil participantes, divididos em 57 mil equipes de escolas públicas e privadas, que passaram por diversas etapas eliminatórias até a grande final.
Pernambuco chegou à fase final da ONHB 2025 com a segunda maior delegação estadual do país: com 48 equipes (entre alunos do ensino Fundamental e Médio), atrás apenas do Ceará, com 107 equipes.
Neste ano, das 48 equipes pernambucanas finalistas, 33 (68,75%) foram de escolas particulares e 15 (31,25%) de escolas públicas — sendo 8 equipes (16,67%) da rede estadual e 7 (14,58%) da rede federal.
Com 20 equipes, o Colégio Núcleo teve o maior número de grupos participantes na competição. "Essa Olimpíada de Conhecimento é muito interessante porque ela exige muito dos alunos. São seis fases de provas e tarefas online e uma fase presencial na Unicamp. Essa fase vale 95% da nota, então o aluno tem que chegar com bagagem. É uma olimpíada feita em trio, que exige muito autoria, muito pensamento crítico e capacidade argumentativa", destaca o professor do Colégio Núcleo, Gilton Lyra.
O colégio também conquistou o maior número de medalhas do Estado: 10, sendo 2 de ouro, 3 de prata e 5 de bronze. Em seguida, aparecem o Colégio de Aplicação da UFPE (2), Colégio Militar do Recife (1) e Colégio da Polícia Militar (1).
Estudantes que não ganharam medalhas de ouro, prata ou bronze receberam uma "Medalha de Cristal", de Honra ao Mérito, por ter chegado na última etapa da olimpíada.
"Saímos muitíssimo emocionados no último domingo lá da Unicamp. Foi incrível ver a bagagem, a caminhada dos nossos estudantes numa das olimpíadas mais concorridas do Brasil. Essa conquista nos mostra que estamos no caminho certo, incentivando a juventude a ser de verdade", celebra Gilton. O colégio é a única medalhista de ouro do Brasil há 8 anos consecutivos.
A professora orientadora do Colégio Núcleo Marina Claudino também foi premiada por ter a maior quantidade de equipes na final da ONHB. "O grande número de equipes que o Núcleo levou para final da ONHB nos últimos anos se deve a um projeto pedagógico muito consistente que busca desenvolver nos alunos o pensamento crítico e a inovação. É um trabalho dos professores de humanas, mas é também um trabalho conjunto com os professores de linguagens e das ciências da natureza e exatas no desenvolvimento do pensamento e raciocínio dos nossos estudantes", destaca Marina.
A professora também comenta o domínio de estados do Nordeste no pódio. "O Nordeste já tem tido há alguns anos destaque, por exemplo, nas Olimpíadas de Conhecimento, além das aprovações no ITA, IME, USP, Unesp, Unicamp e aprovações em diversos vestibulares. O Nordeste também produz ciência. Precisamos reforçar isso", finaliza.