Petrobras avisa que o negócio da empresa é petróleo e que produção de energia solar, eólica e hidrogênio verde só depois de 2035
Estatal adora solgan transição energética justa para ancorar discurso de melhoria da desacrbinização porém sem deixar de focar no petróleo.

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Numa apresentação sobre os negócios da empresa mirando o futuro, no fórum da Bloomberg New Voices, em São Paulo, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard disse a produção de energia solar e eólica, além de hidrogênio verde só entrarão nas prioridades da empresa após 2035 uma vez que até lá, o foco da estatal é combustíveis de petróleo.
A declaração pode surpreender os defensores da geração de energia limpa. Até porque a companhia ancora sua publicidade num discurso de estar comprometida com uma “transição energética justa” que para ambientalista aponta que um cenário de que a empresa planeja produzir combustíveis verdes saindo do petróleo.
Conceito de produção
Pode ser. Mas o que Chambriard deixou claro aos executivos e investidores da empresa é que o conceito de produção de combustíveis sustentáveis é a melhoria dos processos de combustíveis de petróleo.
Magda Chambriard não está surpreendendo ninguém. Como ela mesma disse no evento, a empresa está em condições de resistir à guerra comercial dos Estados Unidos graças às vendas robustas a outros países incluindo a Índia, um país que ela vê como estratégico. Até porque está disposto a comprar tudo que a Petrobras tiver para vender.
Esqueça o Prates
As afirmações da presidente da Petrobras dão “uma real” no segmento ambiental que, mesmo depois da saída de Jean Paul Prates - um executivo que ajudou a consolidar o setor de eólicas no Brasil - se animaram com a divulgação do conceito de “transição energética justa” acreditando que a estatal teria uma pegada mais renovável.
Transição energética justa para a Petrobras tem a ver com produção de BioQAV (ou SBC, sigla em inglês de Componente Sintético da Mistura para produção de SAF) e de diesel renovável (ou HVO - Hydrotreated Vegetable Oil) para o qual a empresa está fazendo a contratação para sua primeira planta dedicada.
Créditos de carbono
Ou com contratação de créditos de carbono gerados a partir de restauração florestal na Amazônia, reinjeção de CO2 no pré-sal nas suas plataformas e Diesel R5 produzido a partir do co-processamento de óleos vegetais. No caso, de óleo de soja refinado, com óleo diesel de petróleo que a estatal produz.
Isso define claramente que a estatal quer continuar a ser uma empresa de petróleo Mesmo que o preço dele esteja baixando (Chambriard não crê que ele baixe de US$ o barril) e aumentar sua produção como conseguiu no segundo trimestre desde ano quando chegou a 2,3 milhões de barris dia.
Ganhos e produção
A Petrobras alcançou um lucro líquido de R$26,7 bilhões (US$4,7 bilhões) no segundo trimestre de 2025, com destaque para o aumento da produção de óleo que compensou os impactos da queda de 10% no preço do Brent no trimestre.
E a maior prova dessa prioridade na adição de mais barris na sua produção é que a executiva determinou a inspeção nos navios de produção enquanto eles estão a caminho do Brasil para que possam começar a produzir e gerar dinheiro para a empresa mais rapidamente assim que chegarem ao país.
Mais navios
Um exemplo disso é o navio-plataforma P-78 feito no estaleiro Benoi da Empresa Seatrium, em Singapura que vai para o campo de petróleo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
A posição da presidente da Petrobras é importante porque tem a ver com a aposta do mercado no chamado combustível do futuro que será ancorado em produtos verdes como o biodiesel e o etanol, que aliás, já está sendo considerado como ideal para entrar até na produção de combustível marítimo. O chamado bunker.
Diesel verde
Também revela que, assim como pesquisa o Diesel R5, gerado por coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal, que contém parcela de diesel verde (HVO, em inglês), podendo variar de 5% (Diesel R 5) até 10% (Diesel R10) cuida do mercado de agora. Isso porque o governo autorizou a adição de 15% de óleo vegetal no diesel de petróleo que pode chegar a 25% nos próximos anos.
Mas o importante é que a empresa também faz uma aposta no etanol mirando a hibridização dos motores elétricos que a indústria brasileira aposta.
Veículos híbridos
A presidente da Petrobras, naturalmente acredita que no Brasil os veículos híbridos devem predominar no mercado, o que exigiria ainda altas produções de etanol. "É muito difícil de eletrificar esse país todo. Então eu acredito muito mais num híbrido plug in do que num elétrico 100%", afirma.
O pensamento embute a defesa do seu negócio pois, mesmo que a indústria de etanol deseje ter um híbrido que roda com etanol e eletricidade, a Petrobras (obviamente) aposta na gasolina de petróleo como 30% de etanol. Ou seja, com 70% de derivado de petróleo.
Solar e eólica
Mas a posição de Chambriard também é importante para o setor de energia renovável quando sinaliza que este não é um negócio que a empresa esteja interessada, ao menos, nos próximos 10 anos.
Porque o que chama de “transição energética justa” onde investirá US$16,3 bilhões para projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos e com os quais até conseguiu uma a redução em 40% as emissões absolutas de CO2 desde 2015, todas as suas iniciativas estão na rota de descarbonização… De petróleo.
Socioambiental
O que ajudou - entre outras coisas - os 25 projetos com foco em Florestas do Programa Petrobras Socioambiental, vigentes em 2024, atuaram na recuperação ou conservação direta de mais de 535 mil hectares de florestas e áreas naturais da Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga, Pampa e Cerrado contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Regulamentação
A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Percepções sobre a Regulamentação da CNI mostra que 58% dos brasileiros têm dificuldade para localizar as normas ou regras que devem cumprir. Outros 35% não conseguem sequer encontrá-las.
Fatores de idade e escolaridade são os que mais impactam nesse processo. Mas a idade também influencia: jovens entre 16 e 24 anos têm uma taxa de sucesso de 72% na localização dessas normas. Já naqueles com 65 anos ou mais esse índice cai para 56%. Em média, seis em cada dez brasileiros entendem o que deve ser cumprido.
Lucros e Dividendos
A Associação Comercial e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do de São Paulo e a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) lançaram o “Manifesto – Contra a Tributação dos Lucros e Dividendos”, em reação ao escopo do Projeto de Lei (PL) 1.087/2025, em discussão no Congresso Nacional. Segundo as entidades, se aprovada a nova lei restabelecerá a antiga tributação sobre lucros e dividendos das empresas, abrindo um espaço à prática da Distribuição Disfarçada de Lucros (DDL).
País do sorvete
O mercado brasileiro de sorvetes e gelatos movimentaram R$7,57 bilhões em 2024 e devem alcançar R$11,35 bilhões até 2033, segundo dados do Imarc Group, com um crescimento médio anual de 4,6% entre 2025 e 2033.
Impulsionado pela mudança das preferências de consumo, diversificação dos canais de venda, demanda sazonal, inovação constante, fatores como a forte afinidade cultural por doces e o clima quente do país.
Telefone da ANP
A ANP reativou seu telefone de contato para a sociedade enviar denúncias, críticas e sugestões, com ligação gratuita: 0800 970 0267. O telefone ficou suspenso temporariamente como parte das medidas adotadas pela ANP em função dos cortes orçamentários sofridos pela Agência.
Mas além do telefone, o público também pode enviar manifestações à Agência por meio do Fala.BR, plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da Controladoria-Geral da União (CGU).
ABF Rio 2025
De 18 a 20 no Anfiteatro do Riocentro (RJ), acontece a Expo Franchising ABF Rio 2025, segunda maior feira de franquias do Brasil que reunirá mais de 100 marcas expositoras, de diversos segmentos e faixas de investimento, em um espaço de 3 mil m².
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor movimentou R$135,8 bilhões no 1º semestre de 2025, alta de 11,6% sobre igual período de 2024. No acumulado de 12 meses, a variação foi de 14,4%, com faturamento superior a R$287 bilhões — evidenciando a expansão do modelo de franquias no País.
Paulo Guedes
O ex-ministro da Economia no governo Bolsonaro Paulo Guedes estará no Sales Experience Brasil 2025, que acontece nos dias 12 e 13 de setembro, no Pernambuco Centro de Convenções. O evento reunirá líderes e especialistas para debater estratégias de crescimento, gestão e vendas no cenário atual. Paulo Guedes vai falar das perspectivas econômicas e tendências para o setor empresarial.
Leite de Coco
Pensada para atender ao setor de food service, que demanda volumes maiores para preparo de receitas específicas que utilizam o leite de coco como ingrediente, Tambaú Alimentos passa a disponibilizar no mercado o Leite de Coco em embalagem de 1 litro no formato pet, ampliando as opções para o consumidor. O portfólio também segue com as versões de 200ml e 500ml, igualmente em embalagem preta.
Ilustra Plaza
O Plaza Shopping realiza, entre os dias 4 e 14 de setembro, a primeira edição do Festival Ilustra Plaza projeto que existe desde 2017 e agora ganha sua primeira versão como Festival com estrutura completa na área externa do mall, com artes, games, gastronomia e muita diversão, de quinta a domingo, das 15h às 22h, no Jardim do piso L2.
O Ilustra Plaza terá participações especiais de mais de 20 artistas independentes do Recife e até de João Pessoa e de Fortaleza. Também estarão presentes ilustradores e quadrinistas com HQs, prints e action figures são alguns que prometem um show de criatividade para todas as idades. Tudo com acesso livre/gratuito.
Saúde Suplementar
A Federação Nacional de Saúde Suplementar avaliou dados do setor no segundo trimestre de 2025 que número de operadoras de planos com resultado operacional negativo subiu, chegando agora a 262, o que equivale a 33% do total.
A sinistralidade — índice que mede a relação entre os gastos com serviços médicos e os valores recebidos em mensalidades — aumentou de 79,2% para 83%. Ainda há muitas empresas em situação de fragilidade, mas segundo a FenaSaúde, o setor continua a ver nesse trimestre alguns sinais de recuperação. A saúde suplementar atende 53 milhões de brasileiros e sustenta uma ampla cadeia de prestadores de serviço.