'Caranguejo Cibernético': Recife ganha escultura gigante feita com lixo eletrônico no Marco Zero
Obra dos artistas Subtu e Alex Marinho, com 5 metros de largura, faz uma reflexão sobre consumo e sustentabilidade, além de homenagear o manguebeat

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O Bairro do Recife ganhou uma nova e imponente obra de arte urbana. A escultura "Caranguejo Cibernético", criada a partir de resíduos eletrônicos, será inaugurada nesta quarta-feira (15), no calçadão da Avenida Alfredo Lisboa, entre o antigo Cais do Porto e o Armazém 14.
A obra, que tem 5 metros de largura por 2,5 metros de altura, foi assinada pelos artistas Subtu e Alex Marinho e doada à cidade como um legado do Fórum Nordeste de Economia Circular (FNEC), que acontece nesta semana como parte da programação do festival REC'n'Play.
Do lixo à arte
O Caranguejo Cibernético foi construído inteiramente com lixo eletrônico reutilizado, como fios, mouses, teclados, placas de computador, notebooks e até um micro-ondas. A escultura busca provocar uma reflexão sobre o hiperconsumo tecnológico e a necessidade do descarte consciente.
"Com as garras abertas, a escultura parece defender o território e, ao mesmo tempo, advertir sobre o futuro. [...] Representa uma natureza forçada a se adaptar à presença humana e seus excessos", explica Liu Berman, embaixadora do movimento que apresentou a obra.
Homenagem ao Manguebeat
Além da pauta ambiental, a escolha da figura do caranguejo é uma homenagem direta a um dos maiores ícones culturais do Recife: o movimento manguebeat, imortalizado por Chico Science & Nação Zumbi. A obra une, assim, a crítica social e ambiental à celebração da identidade recifense.
A inauguração da escultura marca o início das atividades do Fórum Nordeste de Economia Circular, que reunirá mais de 150 autoridades nacionais e internacionais no Recife, nos dias 16 e 17 de outubro, para debater a pauta da sustentabilidade.
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