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Nordeste lidera queda no preço da cesta básica; Recife registra redução de 4%

Região apresentou a maior diminuição do país em agosto, segundo levantamento do Dieese e Conab. Os dados são do Etene, vinculado ao Banco do Nordeste

Por Aisha Vitória Publicado em 16/09/2025 às 15:09

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O Nordeste foi a região que mais reduziu o preço da cesta básica no país no mês de agosto, com queda de -2,98% em relação a julho. O custo médio para a aquisição dos 13 alimentos essenciais ficou em R$ 643,00.

Os dados são do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), vinculado ao Banco do Nordeste, com base em pesquisa do Dieese em parceria com a Conab.

Na capital pernambucana, a cesta básica fechou o mês em R$ 629, 14, queda de -4,02%. Além de Recife, outras três capitais nordestinas registraram as maiores reduções do país: Maceió (-4,10%), João Pessoa (-4,00%) e Natal (-3,73%).

Em agosto, Aracaju apresentou o menor preço da região (R$ 558,16), enquanto Fortaleza teve o maior (R$ 723,06).

Produtos em queda e alta

Dos 13 itens que compões a cesta básica, 12 apresentaram queda de preço no Nordeste.

Os recuos mais expressivos foram do tomate (-16%), arroz (-3,1%), feijão (-2,2%) e café (-1,3%). O único aumento foi registrado na banana (+0,8%).

No acumulado do ano, o arroz (-22,9%), o feijão (-8,4%) e o leite (-6,1%) respondem pelas principais reduções. Já os maiores aumentos foram do café (+47,3%), do tomate (+46,8%) e da banana (+14,3%).

Considerando os últimos 12 meses, o tomate (+72,4%), o café (+67,4%) e a carne (+23%) lideram as altas.

Avaliação

Para o economista Ricardo Vidal, coordenador das pesquisas do Etene, os dados podem indicar um movimento de desaceleração nos preços da cesta básica.

“É interessante observar a redução progressiva dos preços dos alimentos na região. Destaco o caso da carne, que representa um terço da cesta básica nordestina e, mesmo com variação acumulada de 23%, apresentou queda de -0,91% em agosto”, afirmou Vidal.

“Como a maioria dos produtos recuou, à exceção da banana, pode estar começando uma inflexão para baixo, o que tende a reduzir a variação acumulada em 12 meses. Um dos pontos de atenção continua sendo o café, que resiste a quedas mais significativas”, completou.

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