Dólar fecha em alta a R$ 5,41 com inflação americana acima do esperado; veja a cotação
Novas críticas de Trump ao Brasil causaram desconforto, mas não foram o principal fator do dia; alta do petróleo ajudou a limitar as perdas do real
Clique aqui e escute a matéria
O dólar registrou uma leve alta nesta quinta-feira (14), fechando o dia com avanço de 0,28%, cotado a R$ 5,4171. O principal motivo para o movimento foi a divulgação de um dado de inflação ao produtor nos Estados Unidos que veio bem acima do esperado, fortalecendo a moeda americana em todo o mundo.
O Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano subiu 0,9% em julho, superando em muito as expectativas do mercado (0,2%). O número gerou receio de que a inflação no país possa demorar mais a ceder, o que diminui as apostas de que o Banco Central americano (Fed) fará cortes mais intensos na sua taxa de juros ainda este ano. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair capitais e valorizar o dólar globalmente.
Críticas de Trump e o fator petróleo
O dia também foi marcado por novas declarações do presidente americano, Donald Trump, que em coletiva de imprensa voltou a criticar o Brasil nas relações comerciais e a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo operadores do mercado, as falas geraram "desconforto", mas não chegaram a abalar o real, que teve um desempenho melhor do que o de outras moedas latino-americanas.
Um fator que ajudou a segurar a cotação da moeda brasileira foi a alta de mais de 2% nos preços internacionais do petróleo, o que beneficia países exportadores de commodities como o Brasil.
Cenário de incerteza
Para economistas, apesar de o real ter o melhor desempenho entre as moedas emergentes em 2025 – muito por conta da atratividade dos juros altos do Brasil –, o cenário de curto prazo é de incerteza, o que torna difícil uma queda sustentada do dólar para baixo do patamar de R$ 5,40.
(Com informações do Estadão Conteúdo)