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Crianças e adolescentes do Recife mergulham na história de Lia de Itamaracá

Projeto de contação de histórias leva a cirandeira e a autora Odailta Alves a escolas, Compaz e bibliotecas, unindo cultura, leitura e identidade

Por Maria Clara Trajano Publicado em 25/08/2025 às 19:57

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Crianças e adolescentes do Recife estão tendo a oportunidade de conhecer de perto a trajetória de Lia de Itamaracá, patrimônio vivo da cultura pernambucana e referência mundial da ciranda.

O projeto Contação de História do livro “Lia de Itamaracá: o Reinado da Ciranda”, de Odailta Alves, desembarca nesta segunda (25) e terça-feira (26) em escolas municipais, unidades do Compaz e bibliotecas públicas.

A obra, voltada para o público infantojuvenil, é ilustrada por Whittney de Araújo e apresenta a vida da artista de forma lúdica e inspiradora.

Encontros com música, leitura e troca

A programação envolve seis instituições, começando pela Escola Professor José Soares da Silva, em Nova Descoberta, na manhã de segunda-feira (25).

No primeiro dia do projeto, a cirandeira e a autora passaram também pelo Compaz Dom Helder Câmara e pelo Espaço Brincar do Parque 13 de Maio.

Na terça-feira, passarão pela Biblioteca Popular de Casa Amarela (10h às 11h), pela Escola Municipal Mário Melo (14h às 15h) e pela Escola Lutadores do Bem (15h40 às 16h40).

Durante cada encontro, Odailta Alves conduz a contação de histórias, enquanto Lia canta, compartilha memórias e responde perguntas dos participantes. O momento inclui também registros fotográficos e interação direta com a artista.

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Cultura popular e identidade negra

Segundo Odailta, o projeto busca valorizar a cultura popular, estimular a leitura e combater o racismo, mostrando a força de duas mulheres negras que superaram dificuldades e conquistaram reconhecimento.

“Queremos despertar nos mais novos o respeito e o amor pelas tradições populares, em especial pela ciranda”, destacou a autora.

Para Lia de Itamaracá, estar diante das novas gerações representa renovação. “Encontrar as crianças é alegria e troca. A ciranda e a cultura popular precisam chegar a novos públicos”, afirmou.

A iniciativa é realizada com apoio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), por meio da Prefeitura do Recife, da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Governo Federal.

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