Real Hospital Português receberá novo equipamento de radioterapia para pacientes do SUS, anuncia ministro

Tempo de espera em Pernambuco deve ser reduzido com a chegada de acelerador linear de R$ 10 milhões; uso será exclusivo para atendimentos do SUS

Por JC Publicado em 15/08/2025 às 12:55

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O Real Hospital Português (RHP), no Recife, receberá um novo acelerador linear para tratamento oncológico. O anúncio foi feito na quinta-feira (14) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita à unidade.

O equipamento, avaliado em cerca de R$ 10 milhões, foi viabilizado pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e será exclusivo para atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Programa Agora Tem Especialistas

A iniciativa integra o Programa Agora Tem Especialistas, do Governo Federal, criado para ampliar o acesso a atendimentos de alta complexidade e reduzir o tempo de espera para exames, cirurgias e terapias especializadas.

Atualmente, 369 equipamentos de radioterapia no país atendem exclusivamente o SUS, para uma população de mais de 164 milhões de pessoas que dependem integralmente do sistema.

Expectativa é superar o dobro dos atendimentos

Durante a visita, Padilha conheceu os aceleradores já em operação no RHP e o bunker que abrigará o novo aparelho. "Com esse novo acelerador que vem para o Hospital Português, vamos conseguir mais do que dobrar o número de atendimentos a pacientes do SUS no hospital", explica. 

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Bunker que receberá novo acelerador linear para tratamento oncológico em atendimentos do SUS no Real Hospital Português - Divulgação

Com o reforço, o hospital pretende ampliar o número de sessões de radioterapia, reduzir a fila de espera e garantir início mais rápido do tratamento. Em 2024, a unidade já havia realizado grande volume de atendimentos oncológicos para pacientes da rede pública.

E sobre o Programa Agora Tem Especialistas, o chefe da pasta disse que "vai aumentar em mais de 50% os procedimentos de cateterismo e cirurgia geral", conclui.

Parceria público-privada na saúde

O Ministério da Saúde considera a ampliação da rede radioterápica estratégica para atender à demanda reprimida no estado, dado que atrasos de 30 a 60 dias no início da radioterapia podem elevar em até 8% a mortalidade de pacientes oncológicos, apontam estudos.

Para o provedor do RHP, Alberto Ferreira da Costa Junior, a visita do ministro e a doação do equipamento reforçam "a importância do diálogo e da cooperação entre instituições públicas e privadas para ampliar o acesso e melhorar a qualidade da saúde no nosso país".

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