Dia mundial do cérebro: hábitos saudáveis desde cedo são chave para prevenir doenças neurológicas
Especialistas do Hospital Pelópidas Silveira reforçam a importância de cuidar do cérebro ao longo da vida, especialmente para prevenir demências

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No Dia Mundial do Cérebro, nesta terça-feira (22), profissionais do Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no Recife, reforçam o alerta: cuidar da saúde cerebral deve ser um compromisso permanente e começa já na infância.
A data, promovida pela Federação Mundial de Neurologia, traz neste ano o tema “Saúde do cérebro em todas as idades”, destacando a importância da prevenção e de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.
Alimentação, sono e atividades cognitivas: pilares da saúde cerebral
Referência nacional em neurologia e neurocirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o HPS lembra que práticas simples, como uma boa noite de sono, alimentação balanceada e estímulos cognitivos, fazem toda a diferença na preservação da saúde do cérebro.
“Falar de saúde cerebral é falar de prevenção desde o início da vida. Existem hábitos que podemos fazer para nos mantermos ativos, termos qualidade de vida na velhice e prevenir determinadas doenças”, afirma a neurologista Cácia Miranda, que atua no HPS.
A especialista destaca a importância do conceito de reserva cognitiva: quanto mais estímulos intelectuais acumulamos ao longo da vida, maior é a capacidade do cérebro de se adaptar e compensar eventuais danos.
“Quanto mais anos de escolaridade, quanto mais conhecimento, mais hobbies, maior a reserva cognitiva. É como se a gente fizesse uma poupança de neurônios que pode ser necessária para prevenir ou retardar sintomas de demência, por exemplo”, explica.
Principais fatores de risco à saúde cerebral
- Privação de sono;
- Estresse crônico;
- Sedentarismo;
- Má alimentação;
- Consumo excessivo de álcool;
- Tabagismo;
- Isolamento social;
- Baixa escolaridade.
Videocast Saúde e Bem-Estar: como cuidar da sua saúde mental e cognitiva
Sono reparador limpa toxinas do cérebro
Outro ponto fundamental é o sono. Dormir bem não é apenas um descanso: é um processo ativo de manutenção cerebral.
“É apenas durante o sono profundo que o nosso cérebro consegue limpar o lixo cerebral, como algumas proteínas, a exemplo da beta-amiloide, que tem um papel essencial na doença de Alzheimer. Então, é necessário ter uma quantidade, de acordo com cada faixa etária, e qualidade do sono para manter a saúde cerebral em dia”, frisa Cácia.
Já na alimentação, a chamada dieta mediterrânea é apontada como a mais benéfica à saúde do cérebro. Rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais, azeite de oliva e peixes, ela atua de forma protetora e anti-inflamatória, ajudando a prevenir doenças neurológicas e cardiovasculares.