Doença silenciosa ameaça sorriso de milhões: periodontite pode levar à perda de dentes
Inflamação nos tecidos de sustentação dos dentes atinge grande parte da população adulta e pode afetar a saúde geral do organismo.
Mais comum do que se imagina, a periodontite é uma inflamação nos tecidos que sustentam os dentes e pode evoluir de forma silenciosa até provocar consequências graves, como a perda dentária. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 54% dos brasileiros entre 35 e 44 anos têm tártaro, e mais de 41% relatam sangramento gengival — dois sinais claros de comprometimento periodontal.
A cirurgiã-dentista e implantodontista Adriana Morosini explica que a doença geralmente começa com a gengivite, estágio inicial e reversível, que causa vermelhidão, sangramento e mau hálito.
“Se não for tratada, a gengivite evolui para periodontite, comprometendo a estrutura de suporte dos dentes. Isso leva à mobilidade dentária e até à perda dos dentes. As bactérias podem ainda atingir a corrente sanguínea e afetar órgãos como o coração e os pulmões”, alerta a especialista.
Sintomas, prevenção e tratamento
Entre os principais sinais de alerta estão sangramento ao escovar, gengivas inflamadas, dentes moles, mau hálito persistente e retração gengival. O problema pode evoluir sem dor ou incômodo, o que torna o diagnóstico precoce fundamental.
A boa notícia é que a doença pode ser evitada com cuidados simples. “Higiene bucal adequada, uso diário de fio dental e visitas regulares ao dentista são medidas essenciais. Também é importante controlar fatores como tabagismo, diabetes, estresse e consumo de álcool”, explica Adriana.
Nos casos leves, limpeza profissional e raspagem da placa bacteriana já são suficientes. Quadros mais graves podem exigir cirurgia para remover o tártaro abaixo da gengiva.
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E quando há perda de dentes?
Para quem já perdeu dentes devido à periodontite, a especialista recomenda implantes ou próteses fixas como forma de restaurar o sorriso e evitar consequências maiores.
“A perda de um dente pode causar desalinhamento, desequilíbrio na articulação da mandíbula, dores de cabeça e dificuldades na fala e mastigação. Quanto antes o paciente buscar tratamento, melhores são os resultados”,conclui.
