Aliados pedem a Lula ação conciliadora e humanitária sobre presos do 8 de janeiro
CMO adverte o Planalto que não vai liberar recursos se não for fechada a torneira do desperdício. Indigenistas tentaram entrar no Congresso à força

NEM SIM NEM NÃO
No Planalto, no Congresso e no conforto do lar, o presidente Lula da Silva (PT) tem escutado apelos para ter uma posição determinante sobre os processos de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, no quebra-quebra na praça dos Três Poderes. Há quem defende “a dureza da lei”. Outros preferem um meio termo.
PERDÃO
É, de longe, o que Lula poderia fazer para “ajudar a pacificar o país”. Daria um basta na oposição, faria um gesto humanista e promoveria o tão esperado “freio de arrumação”. Os relatos de familiares de presos são estarrecedores. O presidente já tomou conhecimento.
GASTANÇA DESENFREADA
É tudo o que o presidente da Comissão Mista do Orçamento, Efraim Filho (União Brasil-PB), quer evitar. O paraibano disse à coluna Política em Brasília que o colegiado vai atrás da “qualificação dos gastos públicos e da eliminação dos desperdícios”, começando pelas obras inacabadas. O relator será o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
A ‘MULHERZINHA’ DO FMI
Num gesto tosco e deselegante, Lula chamou Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, de “mulherzinha”. A búlgara passou pelos mais importantes cargos no Banco Mundial, é doutora em Ciências Econômicas, mestre em Economia e Sociologia e incluída na revista Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, durante a pandemia. Esperando a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, dizer que o “companheiro” cometeu um ato de misoginia.
GREVE DE FOME
Cassado pelo Conselho de Ética, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), aguarda julgamento final no plenário da Câmara fazendo uma greve de fome, no plenário 5 da Casa, tem acusado o ex-presidente Arthur Lira (PP-AL) de ser seu algoz.
‘SAI DE MIM’
Lira divulgou nota refutando as acusações do grevista, lembrando que o motivo do processo de perda de mandato “envolve episódio em que o parlamentar, dentro das dependências da Casa, agrediu fisicamente e expulsou, aos chutes, um militante político que legitimamente visitava o Parlamento”.
MARCHINHA DE CARNAVAL
Haroldo Lobo e Milton de Oliveira nem ficaram para saber que “Índio quer Apito” já nem pode mais ser cantada desse jeito, mas o pau continua comendo. Na noite desta quinta-feira (10) um grupo de indigenistas e seus apoiadores tentaram invadir o Congresso Nacional. Foram recebidos pela Polícia Legislativa que fez “a dissuasão” de forma exclusiva “usando meios não letais” e a ordem foi restabelecida.
DE ÚLTIMA HORA
Já passava das 20h00 desta quinta, quando o presidente Lula mandou a ministra Gleisi Hoffmann, da articulação política, anunciar que acatou a indicação do União Brasil e o deputado Pedro Lucas (MA) será empossado ministro das Comunicações. Ele substituirá Juscelino Filho que se demitiu depois que a Procuradoria-Geral da República abriu investigação contra ele, por corrupção com uso de emendas parlamentares. “[Ele] só pediu até depois da Páscoa para assumir o ministério porque tem que encaminhar algumas questões pessoais, enfim, de mandato e também em relação à liderança da bancada”, disse a ministra.
PENSE NISSO!
Houve uma queda de braço, uns saíram vitoriosos outros nem tanto, mas é o país quem saiu arranhado.
As personagens dessa disputa estão na praça dos Três Poderes. Ao norte, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo; ao Sul, o Supremo Tribunal Federal; e, ao Oeste, Câmara e Senado.
No que depender do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), é hora de hastear a bandeira da paz. Quem desembainhou a peixeira, coloque de volta na cintura. O estilo beligerante, quase de artilharia de Arthur Lira (PP-AL), é coisa do passado.
Além do quê, o senador Efraim Filho, recém escolhido presidente da Comissão Mista do Orçamento, já disse que “as rubricas devem ser as mais claras possíveis”. Nada de emendas obscuras, muito menos de gastos exorbitantes, como tem sido o esporte predileto do Judiciário.
É um bom sinal
Pense nisso!