Golpe da inscrição no Enem: como bandidos criaram sites falsos e roubaram 35 mil alunos

Investigação indica que o dinheiro foi recebido por meio de uma fintech, empresa de tecnologia financeira que oferece serviços como contas digitais

Por Estadão Conteúdo Publicado em 10/07/2025 às 15:40

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Criminosos conseguiram lucrar R$ 3 milhões roubando dinheiro de aproximadamente 35 mil alunos que desejavam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024.

Segundo investigação da Polícia Federal, durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho do ano passado, os golpistas criaram páginas falsas na internet para simular o ambiente oficial do Inep.

Os candidatos enganados, além do prejuízo, acabaram sem a inscrição no exame do ano passado.

Por meio desses sites, os estudantes eram levados a fazer pagamentos via Pix - eles acreditava que estavam se inscrevendo no exame.

O dinheiro foi direcionado para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada que não estava autorizada a receber tais valores - oficialmente apenas o Inep aparece como recebedor dessas taxas.

O que diz a investigação?

A investigação indica que o dinheiro foi recebido por meio de uma fintech — ou seja, uma empresa de tecnologia financeira que oferece serviços como contas digitais, pagamentos e transferências, geralmente sem agência física.

Nesse caso, os valores foram depositados numa conta corrente vinculada à empresa investigada, embora o nome dessa empresa não tenha sido revelado.

Na internet, há várias queixas sobre cobranças indevidas semelhantes.

Um dos investigados tem ao menos 15 anotações criminais em seu nome relacionadas ao crime de estelionato.

PF investiga golpe com uso indevido de sinais do MEC e Inep

Nesta quinta (10), a PF deflagrou uma operação contra as fraudes.

O crime incluía publicidade enganosa em redes sociais e o uso indevido de sinais públicos do governo federal, do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela prova.

Por meio disso, os bandidos induziam os estudantes a fazerem pagamentos indevidos das taxas de inscrição da prova em 2024.

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