Estudantes de Igarassu são selecionados para fase nacional da Olimpíada de Astronomia
Durante a preparação, os estudantes projetaram entre 10 e 15 foguetes, utilizando materiais recicláveis como papelão, garrafas PET, fita adesiva

Alunos da Escola Evangelina Delgado de Albuquerque, no distrito de Três Ladeiras, em Igarassu, terão a oportunidade de representar o município na Jornada de Foguetes, uma das etapas mais aguardadas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
O evento acontece entre os dias 6 e 11 de novembro e reunirá estudantes de todo o país que se destacaram na construção e lançamento de foguetes artesanais. Entre eles estão Albert Rafael e Edelly Nayane, do 8º ano, e Olavo Cândido, do 7º ano.
As três equipes que obtiveram as maiores distâncias nos lançamentos durante os testes realizados no pátio da escola foram selecionadas para participar da competição nacional. Os estudantes apresentaram um projeto técnico desenvolvido no Laboratório 7.0, criado pelo Sistema de Ensino Dulino: um dispositivo automatizado de lançamento de foguetes, com o objetivo de garantir precisão, segurança e padronização nas experiências.
Preparação dos estudantes
Durante a preparação, os estudantes projetaram entre 10 e 15 foguetes, utilizando materiais recicláveis como papelão, garrafas PET, fita adesiva e contrapesos. Todos os lançamentos foram documentados por meio de vídeos, medições e anotações técnicas.
Esse material compõe o dossiê que será apresentado na etapa nacional e inclui detalhes sobre o funcionamento do sistema automatizado de lançamento, desenvolvido com microcontroladores e acionamento elétrico.
“Eu nunca pensei que um foguete feito com garrafa PET pudesse me levar tão longe. Agora é sério: quero ser engenheiro aeroespacial”, conta, entusiasmado, Albert, de 13 anos. A colega Edelly, de 14, relembra a dedicação do grupo: “Construímos o lançador, automatizamos o botão de disparo, testamos os ângulos... tudo foi planejado. Quando soube que ia para o Rio, chorei de emoção.” Já Olavo, o mais novo da equipe, resume com simplicidade: “Quero mostrar que a gente de escola pública também pode chegar lá.”
Para a coordenadora do Laboratório 7.0, Cibele Reis, a experiência vai muito além do desafio técnico. “Aqui, os estudantes são incentivados a pensar, criar e resolver problemas de forma colaborativa. O foguete é só a ponta do iceberg. Por trás dele, há trabalho em equipe, pensamento crítico e um encantamento genuíno pela ciência.”