Sintepe convoca paralisação para pressionar votação de reajuste dos professores na Alepe
Antes da sessão, a categoria se reúne, às 9h, na sede da Alepe, com o presidente da Casa, deputado estadual Álvaro Porto (PSDB/Podemos)

Os servidores da Educação de Pernambuco realizam, nesta segunda-feira (9), uma paralisação na rede estadual de ensino. O objetivo é pressionar a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a votar o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 2968/2025, que prevê reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores.
Na semana passada, duas tentativas de votação do texto em plenário fracassaram por falta de quórum, provocada pelo esvaziamento da bancada governista. A expectativa é de que o projeto finalmente entre em pauta nesta segunda.
Antes da sessão, a categoria se reúne, às 9h, na sede da Alepe, com o presidente da Casa, deputado estadual Álvaro Porto (PSDB/Podemos).
"A educação pública está ameaçada pela briga entre o Governo e a Assembleia Legislativa. Os deputados governistas estão faltando às votações, impedindo o reajuste da Educação. É uma irresponsabilidade. As escolas estaduais atendem 80% dos jovens pernambucanos, e são os professores que compartilham com eles conhecimento e cidadania", afirmou Ivete Caetano, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Entraves
Há duas semanas, o Governo do Estado e a Alepe enfrentam um impasse político que tem travado a pauta de votações. Além do reajuste da Educação, outras propostas do Executivo também estão paradas, como o pedido de autorização para um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, a indicação de Virgílio Oliveira para o comando da administração de Fernando de Noronha e o projeto que prevê concurso público para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), entre outros.
O que diz o projeto
Fruto de negociação entre o Sintepe e o governo estadual entre fevereiro e maio, o PLC 2968/2025 propõe elevar o piso dos professores para R$ 4.867,77, com base em uma carga horária de 200 horas-aula mensais.
O projeto também estabelece pagamento retroativo a 1º de janeiro, conforme o índice nacional determinado pelo Ministério da Educação. Prevê ainda reajustes entre 6% e 8% nas faixas de progressão da carreira, com vigência a partir de 1º de junho.
O reajuste também alcança assistentes administrativos e analistas em gestão vinculados à área da educação. Além disso, o texto institui o primeiro ciclo de avaliação de desempenho dos profissionais da educação, programado para 2026.
Saiba como acessar nossos canais do WhatsApp
#im #ll #ss #jornaldocommercio" />