Bruno Cunha: Quem vai roubar seu emprego, a IA ou o seu chefe?
O dilema é real: a IA é nossa aliada ou a ferramenta preferida de um chefe que vê pessoas como números? Vamos aprofundar esse tema

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Imagine o seguinte cenário: você chega ao trabalho e descobre que uma nova ferramenta de inteligência artificial agora executa em segundos o que você levava horas para concluir.
A promessa era libertadora: mais tempo para o que realmente importa, menos tarefas repetitivas. Mas a realidade bate diferente: seu colega foi desligado na última semana porque a IA "deu conta". E agora você se pergunta: será que sou o próximo?
Vivemos um paradoxo inquietante. A mesma tecnologia que pode libertar talentos, está, na prática, sendo usada para enxugar equipes, cortar custos e intensificar a produtividade. O dilema é real: a IA é nossa aliada ou a ferramenta preferida de um chefe que vê pessoas como números? Vem comigo e vamos aprofundar esse tema?
O paradoxo da IA: Tecnologia que liberta ou que exclui?
Nos vendem a narrativa de que a inteligência artificial veio para nos ajudar. E de fato, ela tem esse potencial: otimizar processos, tornar diagnósticos mais precisos, personalizar em massa, incluir pessoas com deficiência e democratizar o acesso à informação. Mas dentro das empresas, o que vemos? Sistemas que substituem equipes inteiras, algoritmos que descartam currículos antes que um humano os leia e cargos que desaparecem sem aviso, deixando profissionais sem transição ou preparo.
A grande pergunta é: estamos criando uma cultura em que a IA liberta ou aprisiona? A tecnologia não é neutra; ela reflete as intenções de quem a controla. Se o foco for apenas reduzir custos, o resultado será precarização e perda de dignidade. Mas se for guiada por valores éticos, pode realmente se tornar uma aliada na construção de um mercado mais justo e humano.
Direitos e dignidade em risco: A nova face da precarização do trabalho
Antigamente, lutar por direitos significava greve, sindicato, carteira assinada. Hoje, o adversário é invisível e quase infalível: um algoritmo. Em um mundo onde a máquina nunca cansa, nunca erra e nunca pede aumento, o que acontece com o trabalhador humano? O que antes era uma disputa de forças visíveis agora se tornou um embate silencioso, travado entre pessoas e sistemas que decidem, em frações de segundos, quem será contratado, demitido ou simplesmente descartado.
A tecnologia deveria ser usada para melhorar a vida das pessoas, não para justificar jornadas exaustivas, metas inalcançáveis e contratos cada vez mais frágeis. Ela tem potencial para libertar talentos e reduzir desigualdades, mas, se mal utilizada, pode ser transformada em ferramenta de exclusão e precarização. A verdade é dura: se não discutirmos urgentemente novos modelos de proteção social e laboral, caminhamos para um futuro em que a dignidade é opcional — e onde os direitos humanos correm o risco de se tornarem apenas notas de rodapé em relatórios de produtividade.
A educação entre a máquina e o humano: Formar para o futuro ou para a submissão?
O que estamos ensinando hoje nas universidades? Será que estamos preparando alunos para questionar, inovar e liderar, ou apenas formando operadores de sistemas que muitas vezes nem compreendem por completo? A educação não pode se limitar a treinar profissionais para seguir protocolos digitais — ela precisa cultivar pensamento crítico e autonomia.
A verdadeira educação do futuro não está em apenas aprender a programar uma IA, mas em compreender quando e por que é ético usá-la. Precisamos de profissionais capazes de pensar acima da máquina, conectados ao humano, ao contexto e ao impacto social das decisões. Caso contrário, corremos o risco de criar uma geração treinada não para transformar, mas para obedecer cegamente aos comandos de algoritmos.
A nova gestão de pessoas: Liderar humanos ou administrar algoritmos?
Há empresas que usam IA para revelar talentos escondidos, personalizar treinamentos e apoiar decisões humanas com dados. Mas também há aquelas que a utilizam para justificar cortes em massa, medir produtividade por cliques e reduzir pessoas a meros gráficos. A mesma ferramenta que poderia potencializar carreiras pode, nas mãos erradas, se tornar instrumento de exclusão.
A diferença está na liderança. A tecnologia em si é neutra; quem define seu uso é quem está no comando. Talvez, no fim das contas, não seja a IA que vá roubar o seu emprego, mas um gestor que escolhe economizar no fechamento do mês em vez de investir em pessoas.
Mesa redonda: Quem vai roubar seu emprego, a IA ou o chefe?
No fim das contas, a inteligência artificial é apenas uma ferramenta. O problema é como ela está sendo usada. E por quem. Não podemos culpar os algoritmos quando são os decisores humanos que optam por usá-los de forma excludente. Precisamos colocar a responsabilidade onde ela realmente está: nas mãos de líderes, educadores, sindicatos e empresas.
Se você já sentiu o medo de ser substituído, a frustração de não ser valorizado ou o arrependimento de não ter se preparado para o novo mundo do trabalho, saiba que você não está só. E também não está sem saída.
Participe do debate que vai sacudir sua visão de futuro:
Mesa Redonda RECNPLAY 2025 | Tema Central: "O Futuro feito por gente"
Data: 16 de Outubro de 2025 - 13:15h – 15:00h, na Galeria Arte Plural - Rua da Moeda, 140
com o tema: "Quem Vai Roubar Seu Emprego: A IA ou o Chefe?" com participação de:
•Rafael Figueiredo | Procurador do Estado de PE
•Reinaldo Soares | Presidente do SINDPD-PE
•Mônica Eliza | Coordenadora Nacional de Pós-Graduação do Grupo Ser Educacional
•Mychel Barreto | Presidente do CRA-PE
•Mediação: Bruno Cunha | Headhunter & Especialista em Carreira
A entrada é gratuita e as inscrições estão disponíveis em: https://recnplay.pe
Venha entender por que o seu futuro profissional não está nas mãos da IA, mas nas escolhas de quem a comanda. Seu trabalho é valioso. E merece ser protegido com consciência, não com medo! Espero te encontrar lá!
Sobre Bruno Cunha
Bruno Cunha, Administrador, Psicanalista, Headhunter e Especialista em Carreira, Ex-Diretor do Grupo CATHO em estados do Brasil, com experiência há mais de 19 anos assessorando profissionais (técnicos, gestores, consultores, docentes, empreendedores e autônomos/liberais) que buscam recolocação, mudança de emprego, desenvolvimento profissional ou transição de área/carreira, através métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar necessidades individuais de centenas de profissionais. Autor do livro “Descubra: você tem um Emprego ou uma Carreira?”. Mais de 41 mil seguidores no Linkedin e mais de 60 mil seguidores no Instagram, Docente em Pós-Graduação de renomadas instituições de ensino e Colunista do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação e da UOL, e publicações na TV GLOBO, SBT, RECORD TV, JOVEM PAN, TRANSAMÉRICA, FOLHA CAPITAL, JORNAL UNIÃO, dentre outros. Atual Diretor da ASSESSORIA DE CARREIRA com Bruno Cunha.
Instagram: carreiracombrunocunha
Linkedin: consultordecarreiracombrunocunha