Moradora de apartamento em Setúbal é acusada de racismo contra porteiro do edifício
A mulher ainda buscou uma delegacia e alegou estar sofrendo ameaças por parte do porteiro, recebendo uma medida protetiva e impedindo ele de trabalhar
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Um mulher foi acusada de racismo contra o porteiro do prédio onde ela mora, em Setúbal, Boa Viagem.
De acordo com informações apuradas pela TV Jornal, a mulher teria cometido o ato de injúria racial contra o trabalhador durante o expediente, mas ela foi à delegacia e afirmou que estava sofrendo ameaças, ganhando uma medida medida protetiva contra ele.
Moradores contam que a mulher já tem histórico de racismo, inclusive contra entregadores, envolvendo também agressões físicas.
O que aconteceu?
A moradora realizou diversas compras virtuais, as quais o porteiro recebeu e entregou para a mãe dela. No entanto, ela notificou o aplicativo sobre o não recebimento, com isso, o entregador retornou ao local para questionar o porteiro, que rapidamente entrou em contato com a mulher.
Na ligação ela foi bastante grosseira e ameaçava o porteiro, além de desferir diversas palavras racistas.
"Eu só não mandei matar porque ele já está para morrer. Ele tem noção de quem eu conheço? Eu conheço um macho bonzinho que saiu da Barreto Campelo e tá de tonozeleira. Pega ele na emenda, dá dois petelecos e ele não se levanta mais", disse a mulher através de ligação que foi gravada.
Em seguida ela começou a repetir diversas vezes o termo "negro safado". Moradores estão bastante revoltados diante do caso.
"Há um ano atrás, quando aconteceu o caso do Ifood, ficamos todos assombrados porque o nosso condomínio é muito unido, nós não temos problemas, a não ser com essa moradora", afirmou uma moradora.
Eles declaram que o porteiro é uma pessoa excelente e que temem uma nova revolta no condomínio, pois em outra ocasião diversos entregadores por aplicativo foram até o local em protesto contra a mulher, que agrediu um dos trabalhadores.
"Ela não se retratou nem com o pessoal do condomínio, nem com o porteiro. Eu ajudei na primeira vez porque senti dó dela, tirei ela do chão e levei até o apartamento dela", contou outra mulher.
Eles apontam que é revoltante o fato do porteiro não poder trabalhar em um local que ele já atua há anos devido a medida protetiva. "Ela ter xingado ele é inadmissível", completou.
Enquanto a equipe de reportagem estava no local, a mulher agrediu verbalmente um entregador que tinha acabado de prestar um serviço.
"Eu vim fazer uma entrega para ela, foi super educada, e pediu para eu subir. Eu afirmei que eu não iria, porque eu não sou obrigado. Aí ela ela falou 'que pena que a entrega caiu para você. Você é um sem noção'. Aí eu estou esperando a resposta do Ifood para ver se eu retorno ou subo", concluiu o entregador.
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