Fundação social aumenta eficiência em desenvolvimento de software com inteligência artificial
Automação com inteligência artificial libera equipes de fundação social para tarefas mais estratégicas e reduz falhas no desenvolvimento

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A Fundação Antônio e Helena Zerrenner (FAHZ), ligada à Ambev, vem mostrando que inteligência artificial não é exclusividade de grandes empresas de tecnologia.
Em três meses, a instituição aumentou de 11% para 94% a cobertura das revisões de código e reduziu em 39% o tempo de aprovação de alterações em seus sistemas.
Tudo isso com o uso da StackSpot, plataforma da empresa Zup que combina diferentes agentes de IA para apoiar o desenvolvimento de software.
Inteligência Artificial
Antes da adoção da ferramenta, as revisões de código — uma etapa essencial para garantir a qualidade de um sistema — ficavam concentradas em poucos profissionais, o que atrasava entregas e gerava inconsistências.
Hoje, a análise inicial é feita automaticamente pela IA, que identifica erros, sugere melhorias e verifica se o código segue os padrões internos da fundação. Só depois é feita uma checagem humana, mais rápida e assertiva.
"Quando o código passa a ser revisado de forma abrangente, rápida e consistente, observamos um aumento significativo na produtividade e uma redução no risco de falhas", explica Marcos Bonas, vice-presidente da Zup.
A empresa, que faz parte do grupo Itaú Unibanco, desenvolve soluções tecnológicas para acelerar a transformação digital de grandes organizações e é responsável pela StackSpot, uma plataforma de IA generativa voltada ao dia a dia dos desenvolvedores.
Projeto da FAHZ
O projeto da FAHZ começou de forma experimental, em sistemas internos sem impacto direto no negócio. Depois de ajustes e treinamentos, a tecnologia foi incorporada a todos os repositórios da fundação.
As equipes também criaram suas próprias bases de conhecimento dentro da ferramenta, com padrões de segurança e boas práticas específicas da casa — o que fez a IA oferecer feedbacks mais precisos e alinhados à realidade da organização.
Luciano Santos da Silva, CIO da FAHZ, destaca que o ganho vai além das métricas: "Estamos entregando softwares mais confiáveis e com menos retrabalho. A IA também ajuda a formar talentos, porque os comentários explicativos aceleram o aprendizado de quem está começando".
A fundação, que tem mais de 80 anos de história e atua nas áreas de saúde e educação, mostra que inovação e impacto social podem andar juntos.
Ao adotar inteligência artificial para otimizar processos técnicos, a instituição libera tempo e energia das equipes para projetos estratégicos, ampliando sua capacidade de entrega e o alcance de suas iniciativas.
Com os bons resultados, a FAHZ planeja expandir o uso da ferramenta para novas áreas, incluindo o monitoramento de bugs e a criação de um guia interno com boas práticas de programação — um passo que deve fortalecer ainda mais a cultura de engenharia de software dentro da organização.