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Bebê do Recife com doença rara viaja a SP para transplante de medula

Com imunodeficiência grave, Bella, de 11 meses, vive isolada com os pais e precisa de ajuda financeira para realizar tratamento importante.

Por Beatriz Paixão Publicado em 30/07/2025 às 10:54

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Com apenas 11 meses, a pequena Bella deixou o Recife ao lado da família para iniciar um delicado tratamento em São Paulo: um transplante de medula óssea que pode salvar sua vida.

A bebê foi diagnosticada com Imunodeficiência Combinada Grave (SCID), uma condição genética rara que compromete sua imunidade.

Enquanto se prepara para o procedimento, Bella vive em isolamento total com os pais. Sem poderem trabalhar, eles criaram uma vaquinha online para arcar com custos básicos como alimentação, transporte e produtos de higiene.

Diagnóstico veio após reação à vacina

O susto da família começou quando Bella, aos sete meses, teve uma reação à vacina BCG e desenvolveu tuberculose. Foi o primeiro sinal da doença rara, que poderia ter sido detectada com o teste do pezinho ampliado exame ainda não oferecido pelo SUS em Pernambuco.

Desde então, a rotina da família mudou completamente. A recomendação médica foi o isolamento total, para evitar qualquer risco de infecção. O tratamento está sendo feito no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, em São Paulo, com o pai como doador de medula.

Isolamento, quimioterapia e transplante

Antes da cirurgia, Bella precisará passar por sessões de quimioterapia para evitar rejeição. O procedimento é seguido por um período de recuperação delicado, com monitoramento constante da produção de anticorpos.

“Estamos otimistas e ansiosos, mas cientes de que será uma longa jornada”, explica Rafaela Lima da Silva, mãe da bebê. Eles estão hospedados em uma casa de acolhimento, em um espaço isolado, e contam com a solidariedade de amigos e desconhecidos.

Ajuda online para seguir a jornada

Sem fonte de renda, os pais de Bella criaram uma campanha no site Vakinha, maior plataforma de doações da América Latina. Por lá, recebem contribuições que ajudam a manter o mínimo de qualidade de vida durante o tratamento da filha.

“O apoio vai além do dinheiro. Sentir-se acolhido nos dá força”, diz Rafaela. O pai completa: “Graças a Deus temos o diagnóstico, o tratamento e a chance de cura. Agora precisamos de ajuda para manter a caminhada”.

Campanhas de saúde lideram doações

Segundo a equipe do Vakinha, campanhas voltadas à saúde representam 60% do valor arrecadado na plataforma. São mais de 310 mil campanhas ativas, muitas como a de Bella, que envolvem tratamentos longos e complexos.

“As despesas vão além do hospital. Há demandas invisíveis que pesam no bolso das famílias”, comenta Renata Fehlauer, head de Causas da empresa. “Usamos nossa estrutura para dar visibilidade a histórias como essa e facilitar doações seguras”, completa o CEO Luiz Felipe Gheller.

Como ajudar

Para colaborar com a vaquinha de Bella e acompanhar sua jornada de cura, acesse o link oficial da campanha aqui.

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