Seguradora da tragédia com Marília Mendonça emite nota oficial

Seguradora MAPFRE confirma pagamento de US$ 2 milhões, mas partilha do valor revolta parentes dos outros quatro mortos no acidente.

Por Bianca Tavares Publicado em 17/07/2025 às 7:22 | Atualizado em 17/07/2025 às 8:47

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Quase quatro anos após a queda do avião que matou Marília Mendonça em Minas Gerais, a repercussão em torno da indenização continua gerando polêmica.

A seguradora MAPFRE, responsável pela apólice do seguro da aeronave, confirmou que o valor pago foi de US$ 2 milhões, conforme acordo homologado judicialmente. A divisão desse montante, no entanto, revoltou as famílias das demais vítimas.

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Segundo os relatos, Ruth Moreira, mãe da cantora, ficou com metade do valor total, cerca de US$ 1 milhão, enquanto os outros US$ 1 milhão foram divididos entre os familiares das demais vítimas: o produtor Henrique Bahia, o tio da cantora Abicieli Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Viana. Cada família teria recebido US$ 250 mil.

George Freitas, pai de Henrique Bahia, afirmou que a proposta partiu da família de Marília e foi aceita pelos demais por falta de alternativa. Segundo ele, o advogado de Ruth deixou claro que, se houvesse impasse, o processo seria levado à Justiça, o que poderia atrasar o pagamento por tempo indeterminado.

A insatisfação cresceu. Vitória Medeiros, filha do piloto, destacou que todas as vidas tinham o mesmo valor. Fernanda Costa, mãe do filho de Henrique Bahia, tentou contato com Ruth pedindo igualdade na divisão, mas não foi atendida diretamente. “Nos sentimos impotentes”, disse.

Ruth Moreira, por sua vez, afirmou ao Fantástico que não teve contato com os familiares das outras vítimas e que a decisão partiu do juiz. “Estava vivendo um luto duplo. Meu advogado me informou que o juiz entendeu que a maior parte deveria ficar com Marília”, declarou.

Especialistas explicam que a distribuição pode considerar fatores como expectativa de vida e capacidade de renda de cada vítima, sem que isso represente maior ou menor valor humano. Ainda assim, o caso evidencia um abismo emocional e jurídico entre perdas que, no fim, deveriam ser tratadas com o mesmo respeito.

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