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O Resgate da Glória: 50 Anos do título de 1975 que marcou a virada do Sport

Cinco décadas após romper um jejum de 12 anos, a reviravolta do Leão em 1975 é revisitada por Ralph de Carvalho, testemunha ocular de uma era de ouro

Por Com informações da Rádio Jornal Publicado em 13/08/2025 às 17:27

No cenário do futebol pernambucano, o "trio de ferro" – Sport, Náutico e Santa Cruz –, agremiações com mais de um século de existência, atravessaram ciclos de crise e apogeu.

Enquanto o Náutico conquistava o hexacampeonato entre 1963 e 1968, e o Santa Cruz brilhava no início dos anos 70, chegando a disputar o que seria o jogo do Hexa em 1974, o Sport Club do Recife enfrentava um longo período de escassez de títulos.

"O Sport nesse período estava vivendo um jejum muito grande. Em 1975, ia completar 12 anos sem conseguir um título", afirmou Ralph de Carvalho. O clube lidava com dívidas, problemas administrativos e uma equipe fragilizada.

A Virada do Sport em 1975: Liderança e Gestão

A transformação do Sport em 1975 foi um divisor de águas. O processo começou com a chegada do advogado rubro-negro Silvio Pessoa à presidência. Segundo Carvalho, Pessoa assumiu um clube sem dinheiro em banco, com contas bancárias encerradas, sem crédito e com "uma fila interminável de credores". Pessoa estabeleceu uma mesa no salão do clube e negociou os débitos.

"Tinha credores que ao invés do esporte pagar, depois da conversa com o Silva, o cara ainda botava um cheque, entregava para ele, me ajuda o esporte, quer dizer, invertia tudo", revelou o comentarista, destacando a capacidade de Pessoa de reverter a situação financeira.

Após sanear o clube, Silvio Pessoa entregou o Sport "zerado" a Jarbas Guimarães. Ralph de Carvalho ressaltou que Jarbas foi "o cara que sacudiu a família rubro negra" e projetou o Sport novamente no cenário brasileiro.

A liderança de Jarbas foi fundamental para motivar a torcida, levando o Sport a alcançar a marca de 50.000 sócios adimplentes em 1975, um feito considerado difícil para clubes do Nordeste.

Ele formou uma equipe diretiva inteligente, incluindo José Roberto Massa como vice-presidente de futebol e Edson Muri Fernandes como diretor de futebol, ambos com profundo conhecimento de atletas.

A Montagem do Elenco Campeão

A formação da equipe campeã contou com a chegada do treinador Duque, um "campeoníssimo" que já havia conquistado seis títulos em Pernambuco antes de comandar o Sport, somando sete títulos em suas nove passagens por clubes locais. Jarbas solicitou a Duque indicações de jogadores, buscando formar um time com o perfil desejado pelo técnico. "O Sport foi buscar da lista de Duque os dois primeiros para cada posição", pontuou Carvalho.

O elenco foi reforçado com atletas como Luciano e o atacante Dadá Maravilha, conhecido como "Dari Peito de Aço". Dadá, insatisfeito no Flamengo por falta de pagamento de seu passe ao Atlético-MG, foi trazido para o Sport. Essa equipe encerrou o jejum de 12 anos e "agitou o futebol de Pernambuco". O time base campeão em 1975 foi composto por Tobias, Marcos, Pedro Basílio, Alberto, Cláudio Mineiro, Luciano, Assis Paraíba, Garcia, Perz, Dario e Miltão.

A Conquista Histórica

A decisão do Campeonato Pernambucano de 1975 foi realizada nos Aflitos, campo do Náutico. O Sport garantiu o título com uma vitória por 1 a 0, gol de Assis Paraíba. Embora um gol do Náutico tenha sido anulado, o Sport jogava pelo empate, o que asseguraria a conquista.

O título, o 20º da história do Sport, foi obtido com sete empates e apenas uma derrota, marcando 91 gols. "Eu não encontrei nada mais impactante do que é o que aconteceu com o esporte em 1975", enfatizou Ralph de Carvalho.

Legado e lições para o presente

O título de 1975 não apenas quebrou um jejum histórico, mas elevou a moral do Sport, que conquistou mais 25 títulos desde então, totalizando 45. O feito é lembrado como um dos grandes momentos da história do clube, com Jarbas Guimarães celebrando 50 anos da conquista.

Para Ralph de Carvalho, a trajetória de 1975 oferece lições para a atual gestão do Sport. "Se cada rubro negro lê detidamente a história de como ele aconteceu, isso terá resultado positivo no futuro", disse ele. A principal lição destacada é a importância de contratar jogadores em atividade e em plena forma competitiva, em vez de atletas parados ou mais baratos.

"Não, foram jogadores em atividade, os dois melhores de quatro indicações feitas pelo Duque para cada posição. Então, dá certo", relembrou Carvalho. Ele sugere que "copiar como foi que tudo foi feito" pode ser o caminho para o clube superar as fases negativas e iniciar um novo período de sucesso.

Para aprofundar-se nos detalhes e emoções deste relato do "bola de ouro que diz todas as verdades", convidamos você a escutar o episódio completo.

*Texto escrito com auxílio de inteligência artificial, com base em conteúdo original da Rádio Jornal, e sob supervisão e análise de jornalistas profissionais.

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