Tornozeleira eletrônica: entenda como funciona a central de monitoramento que alerta violações
Centro de Monitoração do DF detectou tentativa de violação do ex-presidente; entenda sistema que monitora mais de 170 mil equipamentos no país
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O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal (Cime) foi a estrutura responsável por registrar a tentativa de violação do equipamento utilizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O sistema de monitoração gerou o alerta da violação por parte de Bolsonaro à meia 7 do último sábado.
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Inicialmente, policiais penais realizaram o primeiro contato, e a informação inicial era de que o ex-presidente havia batido o dispositivo em uma escada. No entanto, quando a equipe do Cime chegou ao local, Bolsonaro admitiu ter usado uma ferramenta de calor no equipamento.
A tornozeleira violada, que foi prontamente trocada pela equipe de escolta, possuía sinais claros e importantes de avaria. Um relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal destacou marcas de queimadura em toda a circunferência.
Como opera o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime)
O CIME é uma central de monitoramento eletrônico que funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Essa monitoração eletrônica é um sistema que visa acompanhar indivíduos sob restrição judicial.
Em cada estado do Brasil, estruturas como o SIM existem e são ligadas ao órgão de gestão penitenciária local. É nessas centrais que todas as ocorrências são registradas, seja por tentativa de violação, falta de bateria ou qualquer outro motivo que fuja das regras previstas. O sistema é projetado para detectar qualquer desvio ou ação irregular do monitorado.
Atualmente, o Brasil monitora mais de 170.000 tornozeleiras. O equipamento em si é avançado, integrando GPS, modem e dois cartões de operadoras telefônicas diferentes, o que garante a estabilidade do sinal. A tornozeleira é resistente à água e emite alertas quando há tentativa de violação ou quando o monitorado deixa a área permitida.
Alertas e ocorrências comuns
Qualquer tipo de violação ou tentativa de violação aparece na tela da central de monitoramento na mesma hora.
As violações mais comuns registradas ocorrem quando o monitorado deixa os limites da própria residência. Ao tocar o alarme, a ocorrência é visualmente sinalizada por cores na tela, facilitando a identificação pela equipe:
• A cor rosa indica um alerta visual de tentativa de violação, seja da pulseira ou do dispositivo.
• A cor roxa, por sua vez, indica descarga de bateria ou que o equipamento está desligado.
Embora centenas de alertas surjam diariamente nas centrais, fugas efetivas são poucas. Contudo, se houver caracterização de rompimento ou fuga, a informação é comunicada de imediato para o Judiciário para que as devidas providências sejam adotadas.
*Texto gerado com auxílio de IA a partir de conteúdo autoral da Rádio Jornal com edição de jornalista profissional