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Mundo e Diplomacia: Professor analisa plano Trump para a paz no Oriente Médio

Proposta de 21 pontos prevê concessões mútuas, troca de prisioneiros por reféns e criação de um conselho internacional de paz entre Israel e Hamas

Por Com informações da Rádio Jornal Publicado em 02/10/2025 às 19:23 | Atualizado em 02/10/2025 às 19:36

Na coluna 'Mundo e Diplomacia', do programa 'Balanço de Notícias', da Rádio Jornal, o professor Thales Castro analisou o plano de paz de 21 pontos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Washington. Castro classificou a iniciativa como "oportuna" e "necessária", reconhecendo que busca construir um "mínimo consenso", embora ressalte que o consenso na diplomacia entre países "não é tarefa fácil".

Confira a coluna na íntegra:

 

O especialista destacou que a proposta foi motivada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, descritos por ele como "abjetos". Castro lembrou ainda a situação dos reféns, submetidos a "torturas diuturnas", e lamentou que alguns tenham sido mortos, com repatriação dos corpos em condições "muito vergonhosas".

Obrigações e responsabilidades mútuas 

Thales Castro explicou que o plano exige concessões de ambas as partes para ter validade.

Lado israelense:

  • Cessar hostilidades imediatamente, atendendo à pressão internacional.
  • Trocar prisioneiros por reféns, incluindo detentos condenados à prisão perpétua.
  • Não anexar a Faixa de Gaza, compromisso visto como "um avanço significativo".

Lado do Hamas:

  • Deixar o governo da Faixa de Gaza.
  • Depor as armas, atendendo a exigência internacional.
  • Aceitar uma governança tecnocrática, com um aparelho democrático nacional para reduzir a animosidade.

Um ponto positivo destacado por Castro é a criação de um Conselho da Paz, com participação de líderes internacionais, como Tony Blair e Donald Trump, que atuariam na observação e no monitoramento do acordo.

Embora Israel e os Estados Unidos tenham endossado a proposta, o Hamas alegou inicialmente não ter tido acesso à íntegra do texto.

O alerta sobre ultimatos

Segundo informações, Trump teria dado apenas quatro dias para o Hamas aceitar o acordo. Castro avaliou esse prazo como um risco adicional. "Eu fico sempre muito preocupado com ultimatos. Toda vez que há um prazo muito curto, esse tipo de pressão costuma gerar mais crises, tanto internas quanto externas."

Para o especialista, o caráter de ultimato torna essa cláusula "um ponto muito delicado do acordo".

*Texto escrito com auxílio de inteligência artificial, com base em conteúdo original da Rádio Jornal, e sob supervisão e análise de jornalistas profissionais.

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