Etiqueta Social: Como controlar o pânico de falar em público
Instruções da especialista Carmen Peixoto sobre como controlar a ansiedade, preparar-se para o auditório e evitar vícios de linguagem

O Rádio Livre apresenta a opinião de Carmen Peixoto, instrutora de etiqueta social e jornalista, sobre como se sair bem em situações de fala pública. O público frequentemente se sente inseguro ou com medo ao ser chamado para falar, mesmo que tenha se preparado.
“Às vezes a gente tem até pânico quando chega assim: 'Não, agora toma o microfone, você vai falar aí, fazer uma apresentação'”, afirma Carmen Peixoto.
A ansiedade pode ser muito grande, mas pode ser controlada. Os sintomas comuns incluem coração acelerado, “dá um branco”, a pessoa fica vermelha e pode ter dor de cabeça. Situações como apresentar um trabalho na faculdade, mesmo diante dos colegas, causam um nervosismo “incrível”.
Ansiedade e a preparação essencial
A sensação de insegurança é tão intensa que pode levar a pessoa a “falar demais ou então a responder apenas com monopílago”. Se a pessoa está nervosa e responde com monossílabos, “a gente e agora como é que eu vou continuar essa conversa, esse bate-papo?”.
O impacto do público pode ser minimizado se a pessoa se preparar antes. É importante transformar a ansiedade em um “novo desafio para superar os obstáculos”.
A especialista listou cuidados essenciais:
- Familiarize-se com o Assunto.
- Fale dentro do tempo que lhe foi concedido, sendo objetivo, o que agrada o público.
- Teste todo o equipamento que será utilizado, como PowerPoint, som e microfone.
- Posicione o púlpito para que todos possam visualizar o orador.
Postura e ruídos na comunicação
A postura deve ser observada antes de falar. Recomenda-se respirar, entrar no ambiente com passos firmes e um “sorriso no rosto”. É importante evitar gestos que transmitam insegurança.
“Esconder as mãos no bolso é um dos gestos que transmite muita insegurança”. Outros gestos que mostram insegurança são o homem que abotoa ou desabotua o blazer “várias vezes”, gesticular com uma caneta na mão, ou segurar algo que sirva como ponto de apoio.
Deve-se também evitar vícios de linguagem. É bom pedir a um colega para observar se há repetição de palavras como “não é?” ou “aí”.
O “ruído na comunicação” pode distrair o público, sendo algo que atrapalha e interrompe. Exemplos disso são: gestos repetitivos (como ir e voltar na ponta dos pés), pigarrear muito, roer as unhas, piscar os olhos várias vezes, ou as mulheres “passar várias vezes a mão nos cabelos”.
“Nunca peça desculpas por estar [sic] não está à altura ali do público, você não teve tempo de se preparar. As pessoas não vão querer isso”. O público espera que o conteúdo seja desenvolvido, por isso “não dê desculpas de maneira alguma”.
Dicas para imprevistos e conexão com o público
Para quem é pego de surpresa para falar, deve-se ser “muito objetivo” e não falar sobre “assunto técnico que você não se preparou para ele”. A pessoa deve cumprimentar a todos, falar da satisfação de estar presente e do que o evento representa, sendo “objetivo e breve”.
Para se conectar com o público, deve-se usar um tom coloquial. No início, deve-se contar ou “cite exemplos para o quê? Para captar a atenção das pessoas”. Se não houver necessidade de ler um texto, a pessoa deve movimentar-se e aproximar-se do público.
O olhar deve ser panorâmico (centro, esquerda, direita), especialmente em auditórios grandes. Para quem está nervoso, “não procure fixar seu olhar numa só pessoa ou em algumas pessoas que ali você vai encontrar até perto de você que sejam mais conhecidas. Para quem está nervoso, isso não é bom”.
O importante é começar bem, pois sentir a aprovação do público faz “tudo fluir”. Mesmo se a aprovação não vier no início, deve-se continuar, pois fluirá mais adiante.
"É o que você diz. Isso é muito melhor do que representar algo que você não é."
Acompanhe o episódio na íntegra:
Para ouvir a íntegra das orientações sobre etiqueta social e técnicas de oratória, escute o episódio completo com Carmen Peixoto.
*Texto escrito com auxílio de inteligência artificial, com base em conteúdo original da Rádio Jornal, e sob supervisão e análise de jornalistas profissionais.