Ralph de Carvalho critica dispensa de Marco Antônio e aponta caos na gestão de estádios em Pernambuco
Comentarista analisa saída do volante no Náutico, questiona defesa do presidente Bruno Becker e denuncia falhas na organização de jogos na Ilha

A Rádio Jornal apresentou nesta semana a análise de Ralph de Carvalho, o “Bola de Ouro que diz todas as verdades”. O comentarista opinou sobre a polêmica dispensa do volante Marco Antônio pelo Náutico e também abordou problemas estruturais na administração de estádios pernambucanos.
Marco Antônio: Dispensa, pré-contrato e o papel de Hélio dos Anjos
Segundo Carvalho, a saída de Marco Antônio não teve relação com critérios técnicos.
“Mandaram o volante embora e todo mundo sabe a razão. Não foi porque ele jogou mal. Todo o time teve atuação ruim e alguns jogaram até pior”, afirmou.
O comentarista citou exemplos de atletas com desempenho abaixo, como Samuel (centroavante), Igor Fernandes (improvisado na zaga), Igor Pereira, Vitinho e Raimá. Para ele, o motivo da dispensa foi outro: o jogador assinou um pré-contrato com o CRB, decisão que desagradou ao técnico Hélio dos Anjos — a quem Carvalho atribui grande influência no clube.
Marco Antônio reconheceu o erro de ter firmado o compromisso em “período de decisão”, pediu desculpas à torcida, mas acabou exposto publicamente. Carvalho lembrou que Hélio dos Anjos criticou nominalmente o volante após a derrota para a Ponte Preta, o que, em sua visão, foi uma estratégia para transformá-lo em “bode expiatório”.
O comentarista lamentou a forma da saída:
“Foi uma saída feia para um jogador tão importante na vida do Náutico nos últimos dois anos.”
Em 2025, Marco Antônio disputou 41 partidas e marcou seis gols pelo Timbu. Recuperado e reintegrado por Hélio dos Anjos no ano passado, tornou-se um dos pilares do meio-campo alvirrubro.
Carvalho defendeu que, apesar da falha de timing, o volante não cometeu irregularidade:
“Ele errou ao assinar o pré-contrato naquele momento, mas não cometeu nenhum crime. Está dentro da legislação do futebol.”
Críticas à Direção do Náutico
O presidente Bruno Becker divulgou nota oficial destacando que o clube “nunca esteve omisso” e que “nenhuma medida será descartada”.
Para Carvalho, o discurso chegou tarde:
“Vão identificar problemas agora, faltando três jogos? Isso não é mais hora. A conversa de identificar problemas é só uma desculpa para a dispensa de Marco Antônio.”
O comentarista reforçou que a diretoria deixou o atleta sair “muito mal” perante a torcida.
Avaliação Técnica
Carvalho também analisou a queda de rendimento do Náutico, que vinha de 13 jogos de invencibilidade antes de perder para Guarani e Ponte Preta. Segundo ele, o time adversário era mais qualificado, sobretudo no setor criativo:
“A Ponte tem Elvis, um jogador que o Náutico não tem.”
Ele apontou falhas defensivas e ofensivas. Contra o Guarani, os laterais sofreram com bolas nas costas pela falta de cobertura do meio. Já diante da Ponte Preta, o lado esquerdo improvisado foi superado e, quando o adversário recuou, faltou qualidade para infiltrar:
“Rodou, rodou, igual charuto na boca de bêbado, e não conseguiu um momento claro para empatar.”
Superlotação e Falta de Gestão na Ilha do Retiro
Outro ponto levantado por Ralph de Carvalho foi o desconforto na partida entre Sport x Corinthians, que reuniu 26.504 torcedores na Ilha do Retiro. “Será que estão vendendo mais ingressos do que o estádio comporta?”, questionou.
O comentarista destacou a falta de conforto e de condições mínimas para o torcedor: “Quem paga pelo espetáculo quer, no mínimo, respeito. E isso não aconteceu no jogo Sport e Corinthians.”
O Sport publicou nota oficial pedindo desculpas, mas atribuiu os transtornos aos órgãos de segurança, que teriam interditado parte das cadeiras. Para Carvalho, o problema é de planejamento: “Ainda não há gerenciamento ideal para dias de grandes jogos, nem na Ilha nem no Arruda.”
Ele lembrou que a Ilha do Retiro foi inaugurada em 4 de julho de 1937: “São 88 anos e até hoje ainda existe dificuldade em administrar o estádio.”
Confira o episódio na íntegra
*Texto escrito com auxílio de inteligência artificial, com base em conteúdo original da Rádio Jornal, e sob supervisão e análise de jornalistas profissionais.