Senadores de Pernambuco aguardam decisões nacionais para definição de apoios locais em 2026
Humberto e Teresa reconheceram que PT está alinhado com PSB de João Campos, mas não há posicionamento oficial; Dueire espera executiva do MDB

Os três senadores da bancada pernambucana estão aguardando decisões das executivas nacionais dos respectivos partidos para definirem os rumos dos apoios locais nas eleições de 2026.
A disputa deve envolver a tentativa de reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD) e a possível candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Em entrevista à Rádio Jornal, nesta segunda-feira (22), a senadora Teresa Leitão (PT) lembrou que o PSB de Campos já consolidou posição de aliança com Lula em nível nacional e avaliou que isso tende a se refletir em Pernambuco, apesar de não haver martelo batido oficialmente.
"De acordo com a discussão nacional, o que eu ouvi dizer é que quem está com Lula é o PSB. Tem muita água para rolar, mas acho que politicamente é difícil mudar", disse Teresa.
Já o senador Humberto Costa (PT), que vai buscar a reeleção no ano que vem, disse que a possibilidade de dois palanques no estado dependerá da posição do presidente da República.
"Esse tema de dois palanques depende de várias coisas para poder ser objeto de discussão. Para ter dois palanques é preciso ter dois candidatos que apoiem Lula. Se vier a acontecer esse cenário, será uma decisão essencialmente do próprio presidente, de como ele vai se posicionar", apontou.
Ele afirmou, contudo, que o cenário atual tende para uma composição com o PSB. "Se o cenário for o de hoje, dada a história que temos com o PSB, de altos e baixos, tapas e beijos, diria que a tendência é essa, até porque o PSB está no governo e tem o vice-presidente, e poderá ter uma aliança aqui no estado com o PSB. Mas essa decisão será nacional e muita água vai rolar debaixo dessa ponte", disse.
O senador Fernando Dueire também afirmou que a definição sobre as alianças do MDB em Pernambuco dependerá da estratégia nacional dos partidos.
"Essa eleição é uma eleição nacional, não é uma eleição estadual. O comando vai requerer reflexão com o partido nacionalmente, através de suas lideranças. A partir dessa decisão é que nós vamos caminhar nos estados, verificando o alinhamento da candidatura com a Presidência da República", indicou.
Ele ponderou que tanto a governadora quanto o prefeito têm legitimidade em seus movimentos, mas que ainda é cedo para definições.
"É legítimo a governadora Raquel querer sua reeleição, e o prefeito do Recife, João Campos, ainda não declarou ser candidato. Ele tem uma conduta de candidato, mas ainda não declarou. É preciso aguardar, pois muita água vai correr debaixo dessa ponte. Não precisamos nos antecipar", concluiu.
Assista à entrevista na íntegra