Vapes e cigarros: entenda como saúde mental e física de adolescentes é afetada com uso dos produtos
Alerta nacional revela alta adesão ao cigarro eletrônico e suas devastadoras consequências para adolescentes, trazendo ansiedade e depressão

Um recente levantamento nacional sobre álcool e drogas acende um sinal de alerta ao revelar que 8,7% dos adolescentes brasileiros entre 14 e 17 anos consumiram vapes no último ano. Mais preocupante ainda, um estudo publicado no periódico científico Plus Mental Health aponta uma ligação direta entre o uso de cigarros eletrônicos e convencionais e o aumento do risco de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, em adolescentes. Mas, afinal, qual é o impacto real desses dispositivos no organismo em desenvolvimento dos jovens?
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Os impactos no organismo jovem
As estatísticas são alarmantes e demonstram uma clara correlação entre o tabagismo e a saúde mental. Para aqueles que fumam o cigarro comum, a taxa de sintomas de depressão é de 35%, e de ansiedade, 38%. No entanto, entre os usuários do cigarro eletrônico (vape), esses números sobem para 36% para depressão e 40,5% para ansiedade. A situação é ainda mais grave para quem utiliza ambos os tipos de cigarro: 43,5% deles apresentam sintomas de depressão e 42,5% de ansiedade. Esses dados são quase o dobro dos não fumantes, que registram 21,8% de depressão e 26,4% de ansiedade.
Esses resultados foram obtidos a partir da avaliação de dados coletados entre 2021 e 2023 em uma pesquisa nacional com 60.000 estudantes do ensino fundamental e médio, que incluía perguntas sobre hábitos de tabagismo e transtornos depressivos e ansiosos.
Apesar de serem percebidos como mais seguros e atrativos pelos jovens, o que impulsiona o consumo, os vapes estão longe de serem inofensivos. Além da nicotina, uma substância altamente viciante, os líquidos utilizados nesses dispositivos podem conter metais pesados, compostos cancerígenos e outras substâncias irritantes para o sistema respiratório. O uso frequente pode levar a sérias consequências físicas, como:
• Inflamações pulmonares
• Crises de falta de ar
• Prejuízo da capacidade física, especialmente em adolescentes em fase de desenvolvimento
Um dos maiores perigos do cigarro eletrônico reside em sua aparência moderna e seus sabores adocicados, que mascaram a sensação de estar fumando, facilitando o uso excessivo e aumentando exponencialmente o risco de dependência. Uma vez desenvolvida a dependência, a nicotina pode comprometer o desenvolvimento cerebral, afetar a regulação do humor e causar prejuízos significativos à memória e à função cognitiva.
Diante desse cenário, órgãos de saúde reforçam a importância de ações educativas e de prevenção nas escolas e em casa, visando proteger a saúde dos jovens.
*Texto gerado com auxílio de IA a partir de conteúdo autoral da Rádio Jornal com edição de jornalista profissional