Demitido por Lula, Márcio Macêdo diz que deixa governo para ser candidato em 2026
Ex-ministro da Secretaria-Geral afirma que sai com "sensação de missão cumprida" e que sua saída foi acordada; Guilherme Boulos (PSOL) assume a pasta

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O agora ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), afirmou que sua saída do governo foi um movimento acordado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele possa se dedicar a uma candidatura em 2026.
A declaração foi feita em um vídeo publicado nas redes sociais, pouco após o Palácio do Planalto oficializar sua demissão, nesta segunda-feira (20).
"Estou saindo para ser candidato em 2026, e o Guilherme Boulos está entrando, porque não será candidato, para cuidar da gestão", disse Macêdo, que deve disputar uma vaga de deputado federal por Sergipe, seu estado de origem.
Apesar de fontes do Palácio do Planalto apontarem que a demissão foi motivada pela insatisfação de Lula com a condução da pasta, o ex-ministro adotou um tom de agradecimento. "Saio com a sensação de missão cumprida" e "a palavra que eu tenho para dizer neste momento é a de gratidão", afirmou.
Guinada à esquerda
A saída de Macêdo e a entrada de Guilherme Boulos (PSOL-SP) na Secretaria-Geral representam uma guinada à esquerda no núcleo do governo. A pasta é responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, área de forte atuação de Boulos.
Segundo a reportagem do Broadcast Político, a troca também tem como objetivo trazer para o centro do governo uma figura com forte apelo eleitoral, visando as próximas eleições. A nomeação de Guilherme Boulos como novo ministro deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (21).
(Com informações do Estadão Conteúdo).