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Quaest: Lula tem melhor aprovação desde janeiro e empata com desaprovação na margem de erro

Pesquisa Genial/Quaest mostra que gestão do petista é aprovada por 48% e desaprovada por 49%, primeiro empate técnico desde janeiro

Por JC Publicado em 08/10/2025 às 7:45 | Atualizado em 08/10/2025 às 12:46

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A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no melhor patamar desde janeiro, quando houve a crise do Pix, seguida do escândalo do INSS e do tarifaço americano às exportações brasileiras.

De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8), a gestão do petista é aprovada por 48% dos entrevistados e desaprovada por 49%. Essa é a primeira vez, desde janeiro, que os índices empatam dentro da margem de erro.

Ambos os percentuais oscilaram no limite da margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A aprovação em setembro era de 46% e, a desaprovação, de 51%. Em janeiro, os índices eram 47% e 49%, respectivamente.

A aprovação de Lula cresceu sobretudo entre os entrevistados que recebem mais de cinco salários mínimos, de 37% para 45%. Em contrapartida, a desaprovação neste grupo caiu de 60% para 52%.

O presidente é aprovado por 54% a 43% na faixa salarial de até dois salários. A desaprovação é majoritária (51%) entre quem recebe de dois até cinco salários; neste caso, a aprovação é de 46%.

A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. O nível de confiança é de 95%.

No recorte regional, o Nordeste segue sendo o local que mais aprova o presidente Lula, com 62%. O Sul é o que mais desaprova, com 56%, seguido por Sudeste — número que apresentou queda de 4 pontos em relação a setembro.

A aprovação do petista voltou a crescer entre as mulheres, segundo a pesquisa. Agora, 52% delas avaliam o governo positivamente, contra 45% que desaprovam — em setembro, os dois índices estavam empatados em 48%.

Entre os católicos, também houve recuperação: 54% aprovam a gestão petista, enquanto 44% desaprovam. No levantamento anterior, o cenário era de empate.

Na faixa etária de 35 a 59 anos, o quadro se inverteu — 51% agora aprovam o governo, contra 46% que desaprovam. Já entre os maiores de 60 anos, há novo empate, com 50% de aprovação e 46% de reprovação, após queda em relação aos 53% que aprovavam em setembro.

Avaliação do governo

A avaliação do governo também ficou estável: 37% consideram o trabalho de Lula como negativo, 33% de forma positiva e 27% como regular. Na pesquisa do mês passado, os percentuais eram de 38%, 31% e 28%, respectivamente.

O levantamento também mediu a percepção econômica dos entrevistados. Nesse sentido, diminuiu de 48% para 42% o grupo que acha que a economia piorou nos últimos 12 meses. Os seis pontos percentuais foram transferidos para a parcela que avalia que a situação econômica ficou do mesmo jeito, que cresceu de 29% para 35%.

Ao mesmo tempo, 21% consideram que a economia melhorou e 2% não souberam ou não responderam - mesmos patamares de setembro.

Por outro lado, cresceram de 40% para 43% os entrevistados que demonstram otimismo e apostam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses. Os que acham o contrário oscilaram de 37% para 35% e aqueles que opinam que vai ficar do mesmo jeito continuaram em 19%.

Relação com Trump

49% dos eleitores afirmaram que Lula saiu mais forte politicamente após o encontro com Donald Trump na Assembleia Geral da ONU. Essa percepção foi mais intensa entre petistas do que entre bolsonaristas.

Em relação ao discurso do presidente no evento, mais da metade disseram que o brasileiro se saiu bem. 34% criticaram.

A pesquisa foi a campo antes da conversa remota ocorrida entre Lula e Trump na última segunda-feira (6). Na ocasião, 65% disseram que o brasileiro deveria ter postura amigável no encontro.

Com informações do Estadão Conteúdo

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