Ocupação de bolsonaristas no Senado faz sessão solene do Congresso mudar de local
O evento, organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da ONU, teria os trabalhos abertos com uma sessão solene

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Com informações do G1*
A ocupação de parlamentares da oposição no plenário principal do Senado Federal impediu, nesta quarta-feira (6), a realização da sessão de abertura de uma cúpula sobre mudanças climáticas com parlamentares da América Latina e do Caribe.
O evento, organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU), teria os trabalhos abertos com uma sessão solene do Congresso Nacional, que tradicionalmente ocorre no plenário. Por conta disso, a solenidade precisou ser transferida para um auditório localizado no complexo da Casa.
Em uma fala inicial aos diplomatas do Chile, Dinamarca, Haiti, Palestina, Rússia, senador Jaques Wagner (PT-BA), que abreu a sessão, agradeceu à equipe técnica do Senado por adequar o espaço.
"Quero, por uma questão de justiça, parabenizar toda a equipe do Senado brasileiro, a equipe técnica, porque nós tivemos que fazer uma mudança do local de evento e, muito rapidamente, eles adequaram todo esse espaço para que a gente pudesse ter sucesso nessa reunião", declarou o senador.
Bolsonaristas ocupam os plenários
Os plenários da Câmara e do Senado foram ocupados ao longo dessa terça (5) por parlamentares de oposição, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Deputados e senadores aliados a Bolsonaro estão se revezado para ocupar as cadeiras das mesas em que são conduzidas as sessões das Casas.
Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegaram a cancelar sessões marcadas para terça. Eles também anunciaram a convocação de reuniões com lideranças partidárias das Casas para tentar desmobilizar as ocupações.
Segundo a oposição, os trabalhos e pautas no congresso ficarão travadas até que fossem discutidos "caminhos para a pacificação". Os parlamentares também apresentaram uma lista batizada como "pacote de paz". O conjunto contempla:
- defesa da aprovação do perdão a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023;
- fim do foro privilegiado;
- e o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.