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Sem citar Brasil, Trump diz que tarifa global vai ficar entre ‘15% e 20%’

Trump não especificou, porém, se todos os países que não fecharem acordo estarão dentro desse patamar. Isso é especialmente importante para o Brasil

Por Estadão Conteúdo Publicado em 28/07/2025 às 21:03 | Atualizado em 28/07/2025 às 21:04

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O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda (28) que os Estados Unidos vão estabelecer uma tarifa-base de 15% a 20% para os países que não fecharem acordos comerciais separados até sexta-feira, 1º. "Para o mundo, eu diria que ficará em algum lugar na faixa de 15% a 20%. Só quero ser legal", disse o presidente americano em Turnberry, na Escócia, ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Trump não especificou, porém, se todos os países que não fecharem acordo estarão dentro desse patamar. Isso é especialmente importante para o Brasil, o país mais ameaçado no momento pela guerra tarifária do presidente americano.

No começo do mês, Trump anunciou uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. A principal justificativa foi o processo que o ex-presidente Jair Bolsonaro responde como réu por tentativa de golpe de Estado e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que atingem redes sociais cujas empresas têm sede nos EUA. Desde então, o governo afirma que tenta negociar um acordo, mas sem nenhum sinal de avanço.

Tarifas de 15% têm sido a base dos acordos fechados recentemente por Trump. Essa é a alíquota, por exemplo, definidas após tratativas para Japão e União Europeia (UE).

No caso brasileiro, porém, as negociações têm se mostrado mais difíceis, principalmente em razão do viés político da decisão americana. Tecnicamente, o tarifaço nem se justificaria, pois os EUA são superavitários na relação comercial com o Brasil.

China

Também nesta segunda, o republicano afirmou que representantes dos EUA estão reunidos com os da China e destacou que o país "está fazendo acordos com todos, mas precisa ser bom para todo mundo".

Ainda sobre a China, o republicano declarou que "gostaria que (os chineses) abrissem o país" aos EUA. Trump também disse que ainda decidirá as tarifas sobre aço e alumínio, mas ressaltou que os americanos querem fazer "nosso próprio aço e nosso próprio alumínio".

O presidente dos EUA afirmou que assinou um "grande acordo comercial" com o Reino Unido, sem fornecer mais detalhes. "O acordo comercial com o Reino Unido nos aproxima", mencionou ao lado de Starmer, que foi recebido por Trump em seu luxuoso campo de golfe na costa sudeste da Escócia.

 

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