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Lula liga para presidente do México para articular reação conjunta às tarifas de Trump

Em meio a conversas com o México, Trump fala em 'se dar bem' com China e UE; jornal aponta que europeus podem aceitar tarifa de 15%

Por Túlio Feitosa Publicado em 23/07/2025 às 22:03

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscou, na noite desta quarta-feira (23), uma aliança internacional para reagir à guerra comercial de Donald Trump. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Lula telefonou para a presidente do México, Cláudia Sheinbaum, para discutir o "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos aos dois países.

A articulação ocorre porque o México também se tornou um alvo recente de Trump, que no último dia 12 anunciou uma tarifa de 30% sobre os produtos mexicanos, usando como justificativa a questão da segurança na fronteira.

Assim como fez com Lula, Trump também enviou uma carta informal à presidente mexicana. Em resposta, Sheinbaum afirmou que seu país não se renderá à "subordinação".

EUA negociam com Europa enquanto pressionam Brasil

Enquanto Lula busca aliados, o cenário das negociações de Trump com outros blocos parece avançar. Nesta mesma quarta-feira, o presidente americano mencionou o Brasil indiretamente ao afirmar que "alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%". Atualmente, o Brasil é o único país sob essa ameaça específica.

Ao mesmo tempo, Trump disse que está "se dando bem" com a União Europeia e a China. A fala coincide com uma reportagem do jornal Financial Times, que aponta que os EUA e a UE estão próximos de fechar um acordo para uma tarifa de 15% sobre os produtos europeus.

Segundo a publicação, o acordo seria uma forma de Bruxelas evitar a ameaça de uma taxa de 30%, que poderia entrar em vigor em 1º de agosto. Um acerto semelhante já teria sido fechado com o Japão.

A estratégia sugere um padrão de negociação de Trump: anunciar uma tarifa altíssima para forçar os parceiros comerciais a aceitarem uma taxa menor, mas ainda assim vantajosa para os EUA. A ligação de Lula para a presidente mexicana sinaliza uma tentativa de construir uma frente de resistência a essa tática.

(Com informações do Estadão Conteúdo).

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