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Lula defende aumento do IOF e diz que 'não tem nada demais'

Presidente afirma que medida é para 'compensação' orçamentária e para que bancos e bets paguem mais; Câmara acelerou projeto para barrar o decreto

Por Túlio Feitosa Publicado em 19/06/2025 às 23:20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu publicamente, nesta quinta-feira (19), a controversa proposta do governo federal de aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em um esforço para minimizar a polêmica, o presidente classificou a medida como algo simples.

"O IOF do Haddad [ministro da Fazenda], não tem nada demais", disse Lula durante participação no podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown.

Na entrevista, o presidente explicou que a intenção é fazer com que setores específicos contribuam mais.

"O Haddad quer que as bets paguem [mais] imposto de renda; que as fintechs paguem; que os bancos paguem. Só um pouquinho, para a gente poder fazer a compensação", afirmou, admitindo que o aumento do imposto "é um pouco para fazer esta compensação" e evitar cortes em outras áreas do Orçamento, em cumprimento às regras do arcabouço fiscal.

A defesa de Lula ocorre em um momento de alta tensão com o Legislativo. Na última segunda-feira (16), a Câmara dos Deputados reagiu à proposta do governo aprovando, por uma margem esmagadora de 346 votos a 97, o regime de urgência para um projeto que visa sustar os efeitos do decreto do IOF.

A aprovação da urgência acelera a tramitação e permite que o plenário vote a derrubada da medida sem a necessidade de passar pelas comissões.

Ainda na entrevista, o presidente enquadrou a proposta em um objetivo maior de seu governo. "A gente quer fazer justiça tributária. Queremos que as pessoas que ganham mais, paguem mais [impostos]. Que quem ganha menos, pague menos. E que as pessoas vulneráveis não paguem impostos", declarou.

A proposta de alteração no IOF foi apresentada pelo governo no último dia 11 como uma forma de "recalibrar" uma tentativa anterior, de 22 de maio. Naquela ocasião, a equipe econômica também propôs elevar o IOF para cumprir a meta fiscal, mas recuou no mesmo dia diante da forte repercussão negativa entre empresários e parlamentares, incluindo da base aliada.

Com informações da Agência Brasil.

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