Gilson Machado | Notícia

Gilson Filho se manifesta sobre prisão do pai, Gilson Machado: "Nunca cometeu um crime"

Vereador do Recife se manifestou em nota, sobre a prisão de seu pai, o ex-ministro Gilson Machado Neto (PL), nesta sexta-feira (13)

Por Pedro Beija Publicado em 13/06/2025 às 13:44

O vereador do Recife Gilson Machado Filho (PL) se manifestou, nesta sexta-feira (13), sobre a prisão do seu pai, o ex-ministro Gilson Machado (PL), afirmando estar "muito triste" com o ocorrido e apontou que o pai "nunca cometeu um crime".

“Estou muito triste com isso. O meu pai é um exemplo pra mim e me ensinou valores importantes como integridade e família. Nunca cometeu um crime em toda sua vida. Honro esses ensinamentos e estarei junto dele e da minha mãe, apoiando meus pais nesse momento”, afirmou.

No início da tarde, em publicação no Instagram, sem mencionar o ocorrido, o vereador afirmou que "a justiça divina não falha". 

Gilson Machado foi preso na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal, em casa, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram apreendidos o celular, o carro e outros objetos de Gilson.

O ex-ministro prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal, no bairro do Pina. Em seguida, Gilson foi levado ao Instituto de Medicina Legal de Pernambuco (IML) para fazer exame de corpo de delito. Após o exame, Gilson será levado ao Centro de Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, onde permanecerá preso à disposição da Justiça.

Por que Gilson Machado foi preso

Na última terça-feira (10), a Polícia Federal emitiu ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) apontando que Gilson Machado teria tentado expedir um passaporte português em nome do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, para viabilizar a saída dele do país.

De acordo com a PF, Gilson Machado teria tentado expedir o documento no dia 12 de maio por meio do consulado de Portugal no Recife, onde mora.

A Polícia Federal encaminhou ofício à Procuradoria-Geral da República informando que Gilson não conseguiu emitir o documento. A PF alertou a PGR que o ex-ministro poderia buscar alternativas junto a outros consulados para expedir o passaporte.

Em seguida, PF e PGR pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação contra o ex-ministro pelos possíveis crimes de obstrução de investigação, envolvendo supostos delitos de organização criminosa e favorecimento pessoal.

A PGR solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da trama do golpe no STF, busca e apreensão pessoal e domiciliar contra o Gilson Machado, além de quebras de sigilo telefônico e telemático do bolsonarista no período entre 1º de janeiro de 2025 e 5 de junho de 2025.

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, apontou que Gilson estaria "possivelmente" viabilizando a saída de Mauro Cid do país, "com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual".

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