Banda de Gilson Machado, preso pela PF, tem show marcado em quatro cidades
Ex-ministro é sanfoneiro e fundador da banda de forró Brucelose, formada na década de 1990; Banda tem quatro shows marcados para o restante de junho

A banda Brucelose, liderada por Gilson Machado (PL), que foi preso nesta sexta-feira (13) pela Polícia Federal, tem quatro shows marcados para o restante do mês de junho. Um dos shows anunciados pela Brucelose tem a participação de Gilson, que apesar de fazer parte da banda, não participa de todas as apresentações da agenda.
O ex-ministro é sanfoneiro e fundador da banda de forró Brucelose, formada na década de 1990.
De acordo com a agenda da banda, as apresentações estão marcadas para os dias 21, 22, 24 (dia de São João) e 28 de junho.
No dia 21, a banda tem show marcado na cidade de Bom Conselho, no interior de Pernambuco. No dia seguinte, a Brucelose tem apresentação marcada para Maceió, capital de Alagoas.
No dia 24, onde se comemora o dia de São João, a banda tem show marcado na cidade de Caruaru, considerada a Capital do Forró, no Agreste pernambucano. A agenda se encerra no dia 28, com uma apresentação marcada na cidade de Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas.
Dos quatro shows, apenas a apresentação em Caruaru vinha sendo divulgada como "Brucelose & Gilson Neto", com a participação do ex-ministro e sanfoneiro.
Confira a agenda de shows da banda Brucelose abaixo:
21 de Junho (Sábado) - Bom Conselho (PE)
- Evento: Forróbom 2025
- Outras atrações na mesma noite: Kadu Martins, Jeff Lisboa, Alexandre Santos.
22 de Junho (Domingo) - Maceió (AL)
- Evento: São João Massayó (Polo Jaraguá)
- Outras atrações na mesma noite: Pabllo Vittar, Taty Girl, Grelo, Ferrugem, Banda Karisma, Eliezer Setton.
24 de Junho (Terça-feira) - Caruaru (PE) - Com participação de Gilson Machado
- Evento: São João de Caruaru (Polo Alto do Moura)
- Outras atrações na mesma noite: Brasas do Forró, Juninho Vanerão.
28 de Junho (Sábado) - Palmeira dos Índios (AL)
- Evento: São João do Povo
- Outras atrações na mesma noite: Léia Soares, Alex Souza.
Por que Gilson Machado foi preso
Na última terça-feira (10), a Polícia Federal emitiu ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) apontando que Gilson Machado teria tentado expedir um passaporte português em nome do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, para viabilizar a saída dele do país.
De acordo com a PF, Gilson Machado teria tentado expedir o documento no dia 12 de maio por meio do consulado de Portugal no Recife, onde mora.
A Polícia Federal encaminhou ofício à Procuradoria-Geral da República informando que Gilson não conseguiu emitir o documento. A PF alertou a PGR que o ex-ministro poderia buscar alternativas junto a outros consulados para expedir o passaporte.
Em seguida, PF e PGR pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação contra o ex-ministro pelos possíveis crimes de obstrução de investigação, envolvendo supostos delitos de organização criminosa e favorecimento pessoal.
A PGR solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da trama do golpe no STF, busca e apreensão pessoal e domiciliar contra o Gilson Machado, além de quebras de sigilo telefônico e telemático do bolsonarista no período entre 1º de janeiro de 2025 e 5 de junho de 2025.
O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, apontou que Gilson estaria "possivelmente" viabilizando a saída de Mauro Cid do país, "com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual".