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Olinda apresenta versão final do Plano Municipal de Redução de Riscos e Desastres

Município apresentou projetos básicos de intervenção estruturante, como muros de contenção, em áreas consideradas de risco muito alto

Por JC Publicado em 04/09/2025 às 15:09

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De olho no período chuvoso de 2026, a Prefeitura de Olinda apresentou, nesta quinta-feira (4), a versão final do Plano Municipal de Redução de Riscos e Desastres - PMRR 2025. O plano, que passou pelo processo de audiência Pública de validação, contou com participação de representantes do município, dos Governos Estadual e Federal, além da sociedade civil.

Além da versão final do cenário de risco de desastres do município, os 20 projetos básicos de intervenção estruturante, como muros de contenção em áreas consideradas de risco muito alto - (R4) foram apresentados no conjunto do projeto.

Este é o primeiro PMRR de Olinda desde 2006. O estudo teve coordenação técnica de Fabrízio de Luiz Rosito Listo, do Departamento de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco. Além da Prefeitura, também esteve no projeto o Ministério das Cidades.

“O Plano Municipal de Redução de Riscos é uma importante ferramenta que o município está usando para o enfrentamento aos desastres decorrentes de eventos adversos. Nesse caso, em particular, a chuva. Temos, agora, o mapa de como se comportam os riscos do município, como deslizamentos e alagamentos, em quatro níveis. A partir de agora a gente começa a se planejar para o período chuvoso de 2026. Vamos atualizar o Plano de Contingência, para apontar quais locais são prioridade. Estamos fazendo capacitações com a comunidade, que faz parte do processo. Ela ajuda a construir um cenário de resiliência melhor”, disse o secretário executivo da Defesa Civil de Olinda, Carlos D’Albuquerque.

 

O QUE É O PMRR?

Com o novo plano, Olinda busca soluções definitivas para problemas relacionados às chuvas. Desenvolvido em 18 meses, o trabalho identifica, mapeia e analisa áreas urbanas sujeitas a deslizamentos, inundações e outros processos geo hidrológicos, considerando aspectos sociais , ambientais e físicos do território.

Além disso, o plano propõe medidas estruturais e não estruturais para reduzir a vulnerabilidade e evitar novos assentamentos em áreas perigosas. O PMRR incorpora a participação comunitária no processo de tomada de decisão e orienta políticas públicas municipais, com base na Lei número 12.608/2012, fortalecendo a governança local e a segurança da população.

O PMRR é dividido em quatro relatórios: planejamento da execução do PMRR e resultados preliminares; mapeamento de riscos, oficinas comunitárias e oficinas técnicas; ações estruturais, não estruturais e história em quadrinhos do plano. Por último, o sumário executivo.

”Existe uma cultura muito antiga de que a Defesa Civil só trabalha na chuva. E mais do que nunca está comprovado: a gente tem que trabalhar muito antes. Porque quando a chuva vier, sabemos onde trabalhar e de forma ordenada. Temos diagnosticado mais 20 pontos”, acrescentou D’Albuquerque.

 

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