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Furtos de água da Compesa em Jataúba desviavam vazão para plantações, piscinas e açudes

Esquema desviava água tratada para uso particular, enquanto 4 mil moradores sofriam com abastecimento reduzido. Resolução do problema aumentou a vazão

Por JC Publicado em 09/08/2025 às 9:34

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Uma operação da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, desmontou um esquema de furtos de água tratada que comprometia o abastecimento de cerca de 4 mil moradores de Jataúba, no Agreste.

A ação, realizada entre os dias 5 e 7 de agosto, identificou ligações clandestinas usadas para irrigar plantações, encher piscinas, abastecer chácaras e até represar água em açudes, enquanto a população enfrentava restrições no fornecimento.

Foram percorridos cerca de 5 quilômetros da adutora que liga Poço Fundo à estação elevatória da cidade. Nesse trecho, equipes removeram oito sangrias clandestinas e 22 ligações irregulares. Em um dos casos mais graves, foi encontrada uma cisterna de grande porte com conexão ilegal, ao lado de uma piscina.

Divulgação
Equipe da Compesa e Polícia Militar atuam na remoção de ligações clandestinas na adutora que abastece Jataúba - Divulgação

Com a retirada das irregularidades, a vazão de chegada à cidade aumentou de 9 para 17 litros por segundo — um acréscimo de 8 L/s —, permitindo o cumprimento do calendário de abastecimento. Ao todo, participaram da operação 16 profissionais, com uso de retroescavadeira, caminhão, seis veículos, duas viaturas, um drone e um georradar para localizar estruturas subterrâneas sem escavação.

O furto de água é crime previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal, com pena de reclusão e multa. Além de ser ilegal, a prática compromete o fornecimento a residências e o funcionamento de equipamentos essenciais, como hospitais, escolas e creches.

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